Bem, depois de muito tempo (not really xD), deixando-vos curiosas xD cá vai xD hahaha espero q gostem ^^
Btw, só para perceberem, os Lobos são um dos grupos de dance battle, assim como os B.A..P. e os JupTalkers ^^
1º capítulo – o segredo das lágrimas
Ainda me lembro como se fosse hoje…
Yoon: Então, estás melhor MinJi? – tentou assegurar-se a minha prima que tinha ficado comigo a seu cargo enquanto os meus pais não estavam em casa.
MinJi: Yoon… não se recupera assim dum momento para o outro de uma separação…sabes, não sou de perda como Bang…
Yoon: De um momento para o outro…? MinJi já lá foram três anos! Esquece o raio do rapaz e segue em frente! Ele já teria vindo à tua procura se te amasse… - era duro ouvir aquilo mas, sim era a verdade, a verdade dolorosa.
Aquela separação…não foi fácil. Foi dolorosa, e algures dentro de mim, no meu coração ainda havia aquela dor, como uma tatuagem permanente, a dor insistia e não queria sair…queria matar-me, queria que eu a sentisse.
-FlashBack-
Bang: ‘’não posso mais MinJi, não te amo mais, amo outra pessoa’’
MinJi: o que dizes? Bang…? Bang!?!
Bang: adeus MinJi.
Lembro-me de pensar que aquilo seria um pesadelo e de tentar acordar.
Fiquei a olhar para o telemóvel como uma idiota e a chamar o nome dele cada vez mais alto….
-Fim do FlashBack-
De alguma maneira, nunca cheguei a esquecê-lo. Tentei de tudo. Mas tudo se tornava uma dor ainda maior, quase que impossível de suportar, sempre que me movia para o esquecer, acabava por…me lembrar dele.
Desde então apenas o tinha visto na TV, a sorrir. A sorrir com os seus amigos cujos nomes eram desconhecidos, apresentavam-se como : ‘’Ta-Dah It’s B.A.P.!’’ , não os conhecia para além disso. O sorriso dele fazia-me sorrir mas segundos depois, desatava a chorar, chorava como um bebé. Ou até como uma criança que acabara de levar uma palmada por se ter portado mal. Os meus pais perguntavam-me milhares de vezes o que se passava, a única coisa que respondia era ‘’ estou a ter um momento de adolescência’’ e dirigia-me lenta e pesadamente para o quarto. Esperava que algo no meu quarto me ajudasse a esquecê-lo…algo… tudo o que lá tinha eram recordações, simples recordações de 10 anos de vida sem experiência nenhuma.
MinJi: Hum, Yoon, vou embora…
Yoon: Queres que te acompanhe…?
MinJi: Não, deixa…eu vou só. Adeus
Tentei não dar indícios que, quem ocupava, mais uma vez a minha mente era Bang… até agora tinha tido bastantes conversas com ela. Ela tinha sido o meu ponto de apoio. Só ela. Nada mais. Tinha-a chateado tanto…achei que estava na hora de mudar de atitude e deixá-la respirar o ar puro da rua, pelo menos uma vez na vida.
Mal saí da porta da discoteca, deparei-me com problemas – aliás, como sempre… - estavam três homens bêbados, à espera de uma vítima.
Certamente a sua vítima seria eu…sem margem para dúvidas, via-o na maneira como me olhavam.
Não me importava, que fizessem de mim o que quisessem, não importava, porque não acabar com o sofrimento que durava já à três anos? Porquê e para quê mantê-lo…? Não fazia sentido.
Homem 1: Olha que beleza!
Homem 2: Concordo
Homem 3: Algo nela… ela, é…especial.
Especial…? Eu? Desde quando?
Um dos homens agarrou-me, não ofereci resistência.
Homem 2: ei ei, Yami~ deixa também para mim! Também me quero divertir~
Era estranho que…durante todo aquele tempo que aqueles homens ali estiveram, só pensava em Bang. Bang esteve na minha mente o tempo inteiro mesmo quando aqueles três porcos me tocavam. Desatei a chorar e eles largaram-me.
Homem 3: Acho que já fizemos porcaria! Vamos embora.
Já me tinha acontecido algo semelhante uma vez…mas Bang estava ali, protegeu-me… sou vulnerável sem ele… sou…um trapo velho atirado para qualquer canto da casa que só serve para limpar, e depois de ser usado ir diretamente para o lixo sem ter voto na matéria.
Estava no passeio próxima da discoteca – a uns vinte passos de distância - com as mãos na cara a chorar.
HimChan: ei… sentes-te bem? – uma voz interrompeu o meu choro
MinJi: Já morri? – perguntei ao tirar as mãos da cara.
Ele riu-se com uma gargalhada agradável.
HimChan: Digamos que sou um anjo, sou o anjo que te vai conceder mais alguns anos de vida~
MinJi: Não! - gritei furiosa – Por favor – supliquei – se és um anjo, mata-me agora!
Ele olhou-me espantado e baixou-se até ficar com os joelhos sensivelmente a três centímetros do chão.
HimChan: Então, então? As meninas bonitas não devem chorar..! – Passou o seu polegar pelas minhas maçãs do rosto para me limpar as lágrimas. – anda, dou-te outra chance de viveres.
MinJi: Não…tu não percebes! – desatei a chorar outra vez, a minha voz era tão rouca que não sabia se ele me ouvia. As minhas mãos tomaram o seu lugar na minha cara.
HimChan: Então explica-me – pediu tirando-me ambas as mãos da cara.
Agora tinha-me dado de conta que aquele rapaz era bonito. Tinha um casaco simples com uma camisola vestida – também estávamos na época disso – e umas calças de ganga preta. Nos seus pés haviam uns ténis brancos como a neve. Tinha cabelo preto.
Olhou-me nos olhos. Senti o toque das suas mãos nos meus pulsos. Era quente. Muito quente.
MinJi: E…e…eu – disse a soluçar – e…e…ele…eu – não consegui explicar, desatei a chorar novamente tentando levar as minhas mãos à cara. Ele não deixou que isso acontecesse. Puxou-me para ele e agarrou-me firmemente. – o…teu…casaco…vai..ficar…mo-molhado. – informei como se estivesse no limite da minha vida, a soluçar e já sem ar.
Os meus pulmões queriam fazer-me a vontade e deixar-me morrer, mas o coração mantinha-se firme e bombardeava o sangue, assim como o cérebro que insistia, mesmo que eu não conseguisse pensar.
HimChan: não tem mal, vá chora – respondeu – deita tudo cá para fora – acrescentou passando a sua mão pelas minhas costas.
Ainda fiquei a chorar durante uns instantes. Até que algo me chamou à razão.
Tinha de seguir em frente, sabia-o.
MinJi: De-de-desculpa… - pedi quando consegui acalmar o choro.
HimChan: Já estás melhor? – acenei com a cabeça – Ainda bem! É assim que se quer! – Mostrou-me um sorriso lindo, quase que superior ao de Bang, pelo menos estava ao mesmo nível que o de Bang.
Ele ajudou-me a levantar, só quando me levantei, reparei que ele era bastante alto, mais que eu. Lembrava-me de Bang, só que o rapaz era cerca de dois ou três centímetros mais baixo que Bang.
HimChan: Então…como te chamas?
MinJi: M-M-MinJi.
HimChan: Tens um nome bonito – sorriu – sou o HimChan, prazer em conhecer-te.
Olhei para o céu, existira algo lá em cima que soubesse o que se passava e o tivesse mandado…? Deus ou não, sinto-me grata.
MinJi: Anjo HimChan?
Ele riu-se.
HimChan: Por favor, não me chames isso, é embaraçoso! – Riu-se de novo – HimChan está bom MinJi.
Tentei mostrar-lhe um sorriso mas sentia que os cantos da minha boca não subiam, como se estivessem partidos ou simplesmente como se tivesse ficado muito tempo se os erguer o suficiente para ficarem enferrujados.
Ele riu-se
HimChan: Também tenho de te ensinar a sorrir MinJi?
Inconscientemente assenti com a cabeça
Ele soltou uma gargalhada.
HimChan: Então é assim, olha – mostrou-me os dois dedos indicadores, levou-os aos cantos da minha boca e empurrou-os suavemente para cima – ora aqui está uma coisa bonita que não se vê todos os dias! Queres que te leve a casa?
Outra vez assenti com a cabeça, mas desta vez tinha a consciência que o tinha feito e corei olhando para o chão.
HimChan: Então vamos! Mas indica-me o caminho~ - Agarrou-me na mão e começou a andar para o sentido contrário ao da minha casa.
Parei.
MinJi: hum…é para o outro…lado Anjo HimChan – Apontei para o lado contrário ao que seguíamos.
Sentia-o tão perto… mas perto do que alguma vez tinha estado de Bang.
Deparava-me com a realidade…estava constantemente a compará-lo com Bang.
HimChan: Já te disse para não me chamares isso… - riu-se enquanto posicionava a mão esquerda na parte de trás da sua cabeça.
MinJi: Desculpa Anjo HimChan.
HimChan: Não vai mesmo adiantar… - suspirou e riu-se – já agora… podes… - corou – dar-me….o teu número…? – tirou o telemóvel do bolso.
MinJi: Número…? – parecia confusa, a minha cabeça não estava a funcionar bem, era como se estivesse hipnotizada.
HimChan: Sim! Para poder falar contigo, ou…sempre que precisares de algo!
Tirei o meu telemóvel do bolso. Dei-lhe o meu número e depois ele deu-me o dele e tirou uma foto com os dois para pôr como foto de contacto.
HimChan: Aqui tens~ Agora podes falar comigo! E eu contigo! – ele sorria tanto…
MinJi: Tens um sorriso lindo… - escaparam-me as palavras. Ele olhou-me e sorriu.
HimChan: Tu também, se sorrires~
Parámos perto de minha casa.
MinJi: É já ali a minha casa – informei.
HimChan: Queres que te leve até lá…?
Abanei a cabeça para a esquerda e para a direita.
MinJi: Obrigado Anjo HimChan.
HimChan: Então, até um dia, se precisares de mim, liga ou manda mensagem
Aproximou-se de mim, baixou-se um pouco e beijou-me a testa.
***HimChan***
Fui até perto de casa dela para me certificar que nada lhe acontecia.
Assim que a vi entrar em casa apressei-me a tomar rumo a casa de Zelo onde se iriam realizar as últimas reuniões sobre novos passos de dança para a dance battle que se realizaria dali a uma semana.
A noite estava mais clara do que o habitual. Haviam estrelinhas no céu, eram como que pequenos candeeiros. Iluminavam o céu escuro. A lua também o fazia, não tanto como as estrelas…mas cada coisa tem a sua importância.
Recordava-me das palavras de MinJi ‘’Anjo HimChan’’…Anjo…?... Eu…?
Apressei-me a chegar a casa de Zelo não fosse Bang pregar-me outro raspanete. Admito que não cheguei muito tarde. Ainda faltava cerca de meia-hora para que todos estivéssemos reunidos. No entanto, Zelo e Bang á se estavam a debater faze às suas ideias.
Entrei sorrateiramente com esperança que não dessem pela minha presença. Bang nem levantou os olhos dos papéis que estavam sobre a mesa.
Bang: HimChan, chega aqui. Quero saber a tua opinião – aproximei-me – Achas que o salto de Zelo se alterava para o meio da música…ou mantínhamos no fim…? É que desta vez a música foi escolhida por eles, já temos acesso à música… agora queríamos a tua opinião...., seria valiosa, eu e Zelo já analisámos a música inteira e estamos sem ideias.
HimChan: Deixa-me ouvir a música e logo te digo….
Zelo mexeu no rato do computador. Logo que ele deu um toquezinho soou uma música. Ouvi-a até ao fim, senti-a. Era um ritmo alegre mas pesado ao mesmo tempo.
Zelo: E então?
HimChan: Bem, o Zelo sinceramente não devia saltar….sem ofensa dongsaeng… mas acho que devíamos dançar algo como se fossemos robôs. Algo como o Matoki – Apontei para o armário onde estava Matoki, guardado.
Zelo: Já tínhamos pensado nisso…mas isso é demasiado comum… estávamos a pensar em algo mais atual, como por exemplo uma dança feita a partir de ações do dia-a-dia. Algo assim… - encolheu os ombros
HimChan: que tal…um choque ondular…? – propus.
Bang e Zelo: Hum? – Responderam-me em coro.
HimChan: Estica o teu dedo Bang – Bang esticou o indicador – tu também Zelo – Zelo também o esticou. Aproximei o meu indicador do de Zelo, sem o encostar. Todo o meu corpo tremeu enquanto o dedo que estava perto do de Zelo transmitiu uma onda que acabou no outro braço ao pé do dedo de Bang.
Bang: Gosto da ideia, e tu?
Zelo: Sim, sei onde coloca-lo!
O meu telemóvel tocou.
HimChan: Desculpem…
Bang esticou a mão como que se me pedisse o telemóvel, atendeu a chamada.
MinJi: ‘’Anjo HimChan…?’’
Ele desatou a rir.
Bang: Desculpa, ele não est-
Saquei-lhe o telemóvel corado.
HimChan: Já disse para não me chamares isso…! – tentei não usar um tom severo – queres o quê?
MinJi: ‘’Saber se não estava a sonhar’’
HimChan: não, não estavas. Dorme. Boa noite~ - disse já mais calmo e num tom carinhoso.
Desliguei o telemóvel.
Zelo: Hum…então… namorada…?
HimChan: Não…uma amiga…
Bang: Anjo HimChan – troçou Bang – já ouvi muita coisa, mas isso..?
HimChan: Bem voltando ao que é importante…
Bang; Sim, vamos lá … Anjo HimChan.
Zelo: Importam-se de parar com isso…? Temos muito trabalho pela frente!
Zelo olhava para as horas com os seus óculos e de vez em quando dava uma espreitadela para os papéis que se distribuíam em cima da mesa.
HimChan: O que é isto…? – Chamou-me a atenção uma foto.
Zelo olhou para cima da mesa e coçou a cabeça com a confusão.
Zelo: bem… a última camada que cobre a mesa…são os meus tpc’s… depois, a camada seguinte é dos planos de férias dos B.A.P., sim porque os bosses têm de descansar de vez em quando~, a seguir estão aí espalhadas umas três ou quatro fotos da ex de Bang…e o resto que vês são, os paços de dança… e a música.
Uma das fotos parecia ter sido tirada à menos de cinco anos, as outras eram como que a evolução.
Bang: não olhes assim, para ela. Fogo incomodas-me.
HimChan: Mas…se é tua ex…
Bang: Ela dá-me inspiração.
HimChan: Ai dá…?
Bang: Bem vou ter de contar a história.. não é?
Zelo: e lá vamos nós outra vez, espera. HimChan lenços de papel, um balde e uma esfregona.
Bang: não gozes
Zelo: pronto, lenços traz só lenços.
Voltei com uma caixa de lenços mesmo sem perceber o porquê.
Zelo: bem… é…triste – introduziu Zelo
Bang inspirou e expirou várias vezes antes de começar
Bang: cá vai… namorei com ela desde que era pequeno, não pensava acabar com ela. Tudo se passou à três anos… lembro-me como se fosse hoje. Entrei para os B.A.P. onde apenas estavam Zelo e DaeHyun. Zelo avisou-me que cada vez que perdia-mos o preço era alto. Era ‘’até ficares só no mundo’’, isto era antes de entrares tu, o YoungJae e o JongUp…claro, as regras mudaram. Não tinha percebido bem, até me terem explicado que o preço eram todos os que contigo estão sentimentalmente envolvidos. – Bang começou a chorar, a sua voz tomou um tom mais grave, como se estivesse irritado – ou seja… família. Quando percebi isso, por sorte não foi tarde de mais. Consegui safá-la… - alcançou uma das fotos e levantou-a do meio da papelada para acariciar as faces da fotografia – como tinha sido a primeira vez que perdemos decidi pagar com o corpo – levantou a manga da t-shirt. Era visível uma ferida profunda – consegui poupá-la a isto . – fechou os olhos, talvez à procura de coragem – estou grato por isso. As regras eram tão estúpidas…
HimChan: e então… porque não voltas a namorar com…ela?
Bang: a desculpa que e lhe dei… foi ter arranjado outro. Tenho a certeza que ela não me perdoaria por lhe ter mentido e ter feito sofrer tanto. Mas eu sofri também. Sofri o suficiente por uma vida… para além disso, poderia pô-la em perigo se voltasse para ela…sabes, a dance battle é uma faca com duas pontas as regras podem alterar a qualquer momento já para não falar do raio das regras de cada território… - bang relembrava-se de tudo. Chorava. Fungava. Era como se estivesse de novo com MinJi – não há opções
HimChan: Gostas mesmo dela…? – deixei-o espantado
Bang: Sim…sempre gostei
HimChan: Então vai… Bang, não desperdices a tua oportunidade de seres feliz! Podes sempre dançar noutras ocasiões, eu, Zelo, YoungJae, JongUp e DaeHyun estaremos lá também! – Zelo deu-me um carolo – o pior que pode acontecer é ela não te aceitar de volta…
Zelo: não digas disparates! Sabes bem que é difícil sair desta vida pá!
Vi nascer no rosto de Bang, esperança.
Chegaram JongUp, DaeHyun e YoungJae
Bang: bem, caluda sobre o assunto – avisou tentando conter as lágrimas
JongUp deu uma palmada suave nas costas de Zelo e apertou-lhe a mão.
JongUp: Já nessa vida? – riu-se
Zelo: tem de ser hyung…sabes como é ainda temos de treinar…
DaeHyun: já têm ao menos acesso à música?
Zelo: sim, e o HimChan já ajudou…
DaeHyun: O HimChan? Onde é que ele está?
Zelo: ao teu lado.
YoungJae: ó bang estás cá com uma cara….
Bang: não é nada – disse já num tom mais calmo e menos agressivo.
YoungJae: okay~ - levantou os braços
A reunião decorreu, mas não demorou muito para que bang se levantasse da cadeira.
Bang: Zelo, toma conta da reunião, eu amanhã… - não era capaz de controlar mais as lágrimas que corriam pelos olhos abaixo - eu depois vejo.
Bang pegou nas chaves e nas fotos que estavam em cima da mesa, assim como nos planos de férias. Arrumou tudo dentro de uma mala. E apressou-se a sair.
Zelo suspirou
Zelo: HimChan, não voltes a perguntar-lhe nada sobre aquilo… agora segue-o antes que ele faça porcaria.
Levantei-me também de uma das seis cadeiras que estavam à volta da mesa redonda. Peguei no meu casaco, vesti-o e saí.
O meu ombro ainda estava húmido.
***Bang***
Pensei que já tinha ultrapassado tudo aquilo, toda aquela dor. Estava enganado. A dor esteve sempre ali. À procura de um momento de fraqueza da minha parte para atacar. Para me destruir.
‘’Porque ainda dói? Já se passaram três anos…’’
Queria vê-la, saber como estava. Mas isso era-me impossível visto que eu cortei a relação pela raiz, nem amigos éramos e isso iria provocar uma dor insuportável a ambos.
Recordava-me da última conversa que tínhamos tido antes do telefonema que lhe fiz para acabar com ambas as vidas.
-FlashBack-
Bang: Ainda bem que gostas minha panhó – lembro-me de roçar o meu nariz ao dela.
MinJi: Já lá foram dez anos… já viste? Tudo isto começou quando éramos ‘’inocentes’’.
Bang: É. Não consigo viver sem ti. Não me imagino…
MinJi: Nem eu…seria horrível – ela abraçou-me com força.
Bang: eu morreria…
MinJi: Também eu Bang… és como oxigénio para mim
Bang: ei…não deveria ter sido eu a dizer isso….? – Ri-me.
MinJi; bem…tecnicamente… - mostrou-me um sorriso luminoso.
Bang: e este ano… o que é que a minha pantufa quer nos anos/natal?
MinJi: nada~
Bang: nada? – ela assentiu.
MinJi: nada – repetiu.
Bang: de certeza? – franzi a sobrancelha.
MinJi: Hum…talvez o Bang~ tá bem Pai Natal? O elfo está disponível?
Bang: vou pensar, portaste-te bem?
MinJi: Muito~ - disse de uma maneira quase pervertida
Bang:: então talvez mereças
Ambos nos rimos.
MinJi: os meus pais estão a organizar um jantar de família, o meu namorado vai dar-me o prazer de marcar presença? – beijou-me levemente nos lábios.
Bang: claro~ tudo o que quiseres
MinJi: Yay~
Agarrou-me com tanta força quanto tinha. Abracei-a.
-Fim do FashBack-
Todas essas recordações me tornavam fraco, fraco e vulnerável. Mais do que alguma vez tinha sido.
Nesse ano no natal – portanto à três anos atrás – foi o ano em que tudo acabou. Custou-me tanto dizer-lhe adeus. Por pouco não me parti em pedaços enquanto acabava com as nossas vidas. Fi-lo inconscientemente.
Fui dar comigo mesmo à frente da casa dela a tocar à campainha. Ainda tentei fugir mas uma luz muito clara apanhou-me de frente. Por momentos paralisei. MinJi estava mesmo à minha frente a esfregar os olhos inchados, ao alcance da minha mão.
MinJi: Sim?
Não respondi, fiquei a contemplá-la.
Ela acabou de esfregar os olhos inchados e olhou-me
Minji: B-b-bang? – recomeçou a chorar.
Bang: shh minji shh – os meus instintos fizeram-me abraçá-la – shh minji shh – repeti.
Minji: b-bang, porquê?
Bang: desculpa
Sabia que tinha de me afastar, mas era impossível naquele momento. Impossível e impensável.
Bang: amor desculpa, não te queria fazer sofrer.
Minji: bang!
Cada vez ela chorava mais. Acabou por me fazer chorar também.
Minji: bang, tive tantas saudades.
Bang: também eu.
Minji: não me vais deixar outra vez… pois não?
Bang: vou – respondi sinceramente
Ela escorregou-me dos braços
Minji: então para que voltaste? Para quê? Porquê? – perguntou a chorar e a bater no chão. O tom de voz era muito alto, quase que chateado. Parecia uma criança.
Bang: eu…não me consigo afastar.
Subitamente apareceu HimChan. Ela levantou-se e abraçou-se a ele.
Minji: anjo HimChan, acaba comigo, mata-me, tortura-me, faz o que quiseres! Mas acaba…comigo – ela chorava cada vez mais incontrolavelmente.
Bang: Anjo HimChan? – perguntei confuso. Olhei HimChan – então tu… tu andavas a meter-te com ela? RESPONDE HIMCHAN!
Cerrei o meu punho.
HimChan: Bang, calma Bang. Eu não sabia que era ela! Eu só a ajudei… mas, se tu acabaste com ela… e com tudo o que dela restava… porque não a deixar ser feliz ao menos? Porque não a libertas? Sabes? Ela tem direito bang…
Estava irritado. Ia espancar HimChan. Minji abriu os braços e pôs-se de costas para ele.
Minji: não lhe toques… ele ajudou-me!
Bang: minji…
Minji: porque voltas-te? Eu estava a começar a viver minimamente bem…
HimChan: Não quero piorar isto entre…vocês…
HimChan começou a andar para oeste.
Minji: não! Anjo HimChan! Volta!
Agarrei o queixo de Minji.
Minji: deixa-me bang, se te vais em bora outra vez…não me faças sofrer mais….já chega!
Bang: minji…tu…tu não percebes. Eu amo-te mas…
Minji: chega! Não digas mais nada bang! Se me amasses terias tido o bom senso de não teres feito o que fizeste! – ela começou a gritar.
Bang: minji.
Minji: não pronuncies o meu nome nunca mis! Não enquanto eu for viva ouviste?
Olhei-a
Num dos meus impulsos abracei-a.
Minji: larga-me já disse!
Bang: não.
Minji: larga-me bang! – começou a espernear. Tentou bater-me mas passados uns minutos acabou por ceder abraçando-me também.
Bang: estás mais calma, agora, não chorar – passei-lhe a mão pela cara para lhe limpar as lágrimas.
Minji: hum.
Abracei-a. Aproximei a minha boca do seu ouvido.
Bang: amo-te
Ela tentava agora controlar o choro.
Minji: também eu…
Bang: eu mais do que tu. Sempre te amei. Não fui capaz de te esquecer. És o MEU oxigénio.
Senti o corpo dela a querer afastar-se e ela sorriu. Era um sorriso sincero.
Bang: é impossível vier sem ti.
Minji: viveste três anos sem te queixares…
Bang: mas estiveste sempre na minha mente. E sempre estarás nela. – finalmente o choro tinha parado.
Ela pegou na minha mão e acariciou-a. Levou-a até ao seu peito.
Minji: sentes? Ele não me deixou desistir?
Ri.
Bang: ainda bem – passei-lhe a mão na cara – e espero bem que nunca te deixe desistir porque… eu preciso de ti… mais do que a lua do sol ou mesmo Romeu de Julieta.
Minji: bang…
Bang: não chores mais… posso?
Minji: sim.
Aproximei a minha cara da dela. Por um breve momento senti-me completo, foi quando ela me puxou para ela assim que os meus lábios alcançaram os dela.
Minji: não me deixes – pediu assim que nos afastámos.
Bang: desculpa minji….
Minji: não bang… não me faças isso…! Já que vieste visita-me pelo menos três vezes por semana, é tudo o que peço…
Bang: vou tentar.
Se isso não implicasse mantê-la em perigo.
***Zelo***
Estava preocupado com o facto de ter sido eu a arrastar Bang para tudo isto…mas de nada valia tentar acabar com aquilo. Era difícil sair dali.
JongUp: Então e onde vai ser…?
Zelo: já pensaram em fazer no sub-way, o problema é mesmo a polícia. Por isso mais valia ser num armazém…
JongUp: fantástico! Eu por mim fazia no sub-way, a polícia atrás de nós deixa-me empolgado. Me gusta~
DaeHyun: Filho eu por agora não quero confusões~
YoungJae: Zelo, Achas que o Bang vai participar?
Zelo: Sim…porque não iria? O líder nunca falta. O confronto é numa quarta.
DaeHyun: Continuo a achas que podíamos ter reforços.
JongUp: Para quê?
DaeHyun: Os preços!
Zelo: O Bang nunca exige muito. Normalmente a liberdade do mais novo… A nós é que já é pior. Já viram o rasgão no ombro dele…?
YoungJae: Só não podemos perder…
DaeHyun: não quero perder território…
Zelo: vou tentar ganhar um perto de Incheon…
JongUp: para quê meu? Já temos sorte em ‘’controlar’’ Jeju à distância…
Zelo: é ima longa história… sabem acho que de alguma maneira Bang se sentiria melhor
DaeHyun: mas é longe meu!
Zelo: então… pelo menos…sei lá o resto que nos falta por aqui…
O Bang ficaria descansado se recuperássemos o terreno ao pé da casa da ex dele, não podiam ameaçar matá-la e ele regressaria com a força completa. Acho que isso o ajudaria.
HimChan abriu a porta
Zelo: O Bang?
HimChan: Está com a… tu sabes.
Zelo: HIMCHAN! Ele está a pisar território que não é nosso!
HimChan: Hum?
Zelo: Sim! Porra... o HimChan não sabe, isto é importante!
DaeHyun: O que foi?
Zelo: O Bang sabe bem onde está! Fogo. Ele afora que não saia de lá a menos que queira pagar com o corpo... ou com a vida dela...
HimChan: O que é que eu perdi...?
Zelo: Nós temos territórios. E esse território não é nosso, como ele entrou provavelmente sem autorização, quando for detetado vai pagar. Percebes? Ou seja... estamos feitos. Alguém que lhe ligue para lhe dar um ralhete coisa assim! Ele deve estar maluco!
HimChan: Quais são mesmo os limites...territoriais?
YoungJae pegou no telemóvel.
Zelo: Acho que das pistas de skate para Este... porquê?
HimChan: Ups...
Zelo: Também lá estiveste?
HimChan: Sim.
Zelo: Pediste autorização?
HimChan: Não, nem sabia que era preciso...
Zelo: Menos mal.
HimChan: Huh?
Zelo: Sim, assim iam saber que estamos lá e iam seguir-nos.
HimChan: Ah...
YoungJae: YongGuk hyung! Onde estás?
Zelo: ó pá dá cá o telemóvel! – nem esperei que mo entregasse. Arranquei-lho da mão – estás maluco? Mas tu ficaste doido? Estás NO TERRITÓRIO DELES PÁ!
Bang: ‘’Os lobos não me farão nada, têm respeito por mim... já te esqueceste que já houveram confusões comigo?’’
Zelo: Endoidesses-te? Agora não saias daí até quarta! Ouviste?
Bang : ‘’Okay’’
Zelo: Nós vamos aí buscar-te!
Bang: ‘’Sim amor~. Okay Zelo, tenho de desligar’’ – parecia contente.
Amor...? Então ele estava mesmo com ela....
YoungJae: Temos sorte de dominar Seul. Vamos para Songnam não é? Ao menos que esses lobos valham a pena!
Zelo: ei ei... já se esqueceram dos JupTalkers?
DaeHyun: Pois, dois confrontos numa semana... lá se vão as médias...
Zelo: Ainda não nos mandaram a carta azul deles...
JongUp: Rebobina, mandaram mandaram.
Aprecei-me a olhar para o PC, tinham que estar a brincar!
Não, era verdade, a carta azul estava realmente aberta no PC.
Zelo: Parece que já o detetaram.
YoungJae: Raio daquela gaja...
HimChan: Ela não se pode mudar para Seul?
Zelo: Não. Não podes ‘’transferir’’ ninguém sentimentalmente envolvido contigo para outras terras a menis que ela decida fazê-lo pelo seu próprio pé. Não é o caso. É proibído.
HimChan: Estou a ver...
Ia em direção à cozinha para ir buscar um sumo, lembrei-me de algo e voltei para trás.
Zelo: Já agora, YoungJae, não te aconcelho a falares assim da namorada dele quando ele estiver por perto. Tem cuidado.
***MinJi***
Estava contente. Finalmente a parte de mim que me faltava tinha regressado depois de três anos.
Bang agarrava-me. Estávamos sentados no sofá. Claro que eu estava encostada a ele, ao seu colo.
Bang: Os teus pais... não vão...reagir mal?
MinJi: Eles não estão em casa~ queriam ir passar férias com a minha avó. Eu fiquei, sobre a guarda da minha prima.
Bang: Acho bem que ao menos alguém esteja de olho em ti – beijou-me a face – então e o trabalho?
MinJi: Loja de roupa~
Bang: Vai bem?
MinJi: Sim~muito bem mesmo.
Bang: Ah, ainda bem.
Sentia-me a 100%, se tirar nem pôr.
Bang; Já não devias estar a dormir?
MinJi: Eu? É fim-de-semana.
Bang: Percebo.
Bang abraçou-me com mais força.
Bang: Por falar em fim-de-semana e férias, a menina está quase a fazer anos~ !
MinJi: Nem me lembres...
Bang: Então?
MinJi: Foi aos 17, quero dizer, quando estava prestes a fazê-los que te deu na caximoina de me matares por dentro – toquei-lhe com a ponta do meu indicador na ponta do seu nariz.
Bang: Que tempo horrível.
Ele olhava para o vazio, fiz-lhe companhia.
MinJi: Podes querer...
Bang: Mas não vamos pensar nisso – informou roçando a ponta do seu nariz ao meu pescoço.
MinJi: Queres miminhos é?
A cabeça dele afastou-se do meu pescoço para me olhar nos olhos.
Bang: Mereço?
MinJi: Mais ou menos...
Bang: Então quero.
MinJi: Ias querer mesmo que não merecesses.
Ele riu-se, era aquele sorriso que eu tinha esperado estes três anos.
Bang: Tens razão, de ti quero tudo.
Sorri. Lofo a cara dele se aproximou da minha parovocando-me, queria agarrá-lo. Não resisti por muito. Os meus braços seguiram até estarem à volta do seu pescoço. Ele agora agarrava-me pela cintura.
Interrompi o beijo.
MinJi: Hum... – não me sentia totalmente à vontade, algo me remoia a cabeça.
Bang: Diz – olhou-me.
MinJi: Hum... a tua...ex...
Ele riu-se.
MinJi: Ela beijava melhor...d o que eu..? – senti-me ridículoa com a pergunta.
Bang: Oh sim, claro!
Fiz cara feita.
Bang: Na realidade amor... – beijou-me - nunca, mas nunca mesmo houve outra.... sempre foste a única~
MinJi: O quê? – estava confusa. . – então porque..acabámos?
Ele passou-me a mão pela cara.
Bang: Porque te amo muito e não te queria magoar.
MinJi: Hum?
Bang tirou a T-shirt.
MinJi: BANG YONG GUK!
Bang: O que foi? Até parece que nunca me viste assim...na praia...
MinJi: Vamos lá com calma! – disse a corar.
Bang: Ninguém disse o contrário~ vou-te mostrar o porquê...de ter-mos acabado – riu-se.
MinJi: Ah... POIS CLARO EU SABIA!- tentei disfarçar.
Bang: No que estavas a pensar?
MinJi: E-eu? Na-nada!
Ele riu-se e apontou para o braço esquerdo. Estava ali um corte profundo. Estava a obcervar o golpe atentamente. Quase que me apetecia chorar. Sentiame culpada algures por ele estar magoado.
Bang cobriu-nos com um cobertor depois de se sentar.
Bang: Não quero que te constipes~
Como posso eu ser tão vulnerável...? Porque estou tão dependente dele? Como é que... O perdoei tão facilmente…depois, de tudo o que ele...me fez? Como pude?
Bang: Achas que mereço ser perdoado…- Foi como se me tivesse lido o pensamento – Quero dizer… depois do que te fiz sofrer... Eu também sofri…se isso te deixa mais alegre. – Dizia enquanto brincava com as nossas mãos.
MinJi: Alegre? Bang! Sabes bem que não suporto ver-te sofrer! Dói!
Tentei arranjar maneira de lhe ver a cara. Tentei virar-me de modo a poder-mos ver-nos um ao outro.
Bang: Desculpa – Pediu um pouco corado – Pensei que ficarias feliz em saber que senti muitas saudades tuas…
MinJi: Bem…sim…e não.
Olhou-me confuso.
MinJi: Não suporto a ideia de ver que sofres…mas…por outro lado sabe bem saber que tenho um espacinho no teu coração.
Bang: Não permito, nem nunca permitirei que saias de lá, nunca, mesmo que esta a ser egoísta. Amo-te de mais. – Abraçou-me.
MinJi: Ainda bem. – Sorri. Passei a mão pela barriga de Bang notei que havia ali outra ferida, mas era muito mais profunda do que a que pousava no seu ombro, não tinha comparação! Que monstro que sou…
Só de pensar que ele fez aquilo por mim fico com um peso enorme na consciência…fico com medo só de pensar que aquilo aconteceu por minha causa. Preferia mil e uma vezes que tivesse sido eu a ficar com aquelas coisas horrorosas no corpo…Bang, porque fizeste isso amor? Porquê?
Encostei a cabeça ao seu peito e lentamente libertavam-se pequenas gotas do meu rosto que caiam para o seu corpo e eu me apressava a limpar. Até aí ele não notou nada. Mas a minha respiração começou a tornar-se muito irregular e parecia que me faltava o ar libertando, de vez em quando alguns sonzinhos histéricos – estava a chorar.
Bang notavelmente preocupado pelo tom de voz: M-MinJi?
MinJi: Diz – A minha voz estava rouca.
Bang: Estás a chorar? – Tentou puxar a minha cabeça para cima.
MinJi: Não – A minha respiração denunciava-me. Tentava que ele não visse.
De nada adiantou ele conseguiu fazer com que eu levantasse a cabeça.
Bang: Não chores, já não dói. – Percebeu exatamente o porquê de eu estar a chorar, sorriu.
MinJi: M-mas…foi por minha causa…!
Bang: Não foi… foi escolha minha.
MinJi: Mas Bang! Olha só para isso!
Bang sorriu novamente.
Bang: Já passou. Quando estou contigo tudo cicatriza miraculosamente.
MinJi: Já comigo não é o mesmo…
Bang: Então? – Mostrou-se preocupado, faltou-me o ar. Já nem me lembrava de como eram as emoções quando estava perto dele, era tudo tão diferente. Parecia que estava num mundo à parte! A cara dele de preocupado fazia-me lembrar tempos antigos, românticos e até parvos de ambos. Fazia-me lembrar o dia em que o conheci, o segundo em que me apaixonei e a hora em que ele se declarou dizendo que sentia o mesmo.
MinJi: Ainda bem que não viste o estado em que cheguei a casa…
Bang: O que aconteceu? – Quase que se levantou para expressar o nervosismo.
Acalmei-o abanando a cabeça e agarrando-me a ele.
MinJi: Três homens… ao sair da discoteca…eles…
Bang: O que fizeram? – O rosto dele era difícil de decifrar, mostrava compreensão mas também raiva e tristeza.
MinJi: E-eles tocaram-me. –Na realidade estava com um pouco de medo de o dizer. Sabia exatamente como ia reagir.
Bang: Tocaram-te como? – Sabia que escondia alguma raiva por detrás da cara serena dele. Raiva e não só.
MinJi: T-tu sabes… agarraram-me…e…
Bang aos berros: O quê?
MinJi: S-sim…
Bang: E tu deixaste? – Olhou-me nos olhos. Estava desiludido comigo e muito irritado.
MinJi: Eu…eu não estava bem consciente, estava a pensar… em ti…
Bang: Sabes ao menos os nomes?
MinJi: Ouvi Yami…mas não ouvi mais nenhum.
Bang: Yami… os lobos… - sussurrou - Já devem saber que estou aqui.
MinJi: Huh?
Bang: Nada. Nada - Passou-me a mão no cabelo.
MinJi: Não tens frio?
Bang: Tu aqueces-me~
Ri-me.
MinJi: Parvinho. Meu parvinho – Enrosquei-me mais a ele.
Bang: Igual a ti. Já agora… o HimChan…
MinJi: O Anjo HimChan?
Bang: S-sim… - Ele notavelmente não estava à vontade. Isso refletia-se no tom frio com que me falava.
MinJi: Ele ajudou-me… Só me lembro de estar a chorar – correu tudo na minha cabeça como um filme animado, encolhi-me quase que a tremer de medo – e ele… ele ajudou-me. Abraçou-me e deixou-me deitar tudo cá para fora, foi muito amável. Abraçou-me quando pensei que estava no fim das minhas forças, e fez-me abrir os olhos. Ia seguir em frente se não tivesses aparecido hoje…pelo menos tentar. Trouxe-me a casa e deu-me um beijo na testa. Muito amável não achas? – Agora sorria-lhe.
Bang: Ele…beijou-te? – Baixou a cabeça. Estava completamente passado. Sabia que estava irritado comigo, comigo e não só.
MinJi: Bang – Levantei-lhe a cabeça para o fazer olhar-me nos olhos – não sejas assim…
***Jong Up***
Com que então Bang está no território…dos lobos…
Zelo: Bem pessoal só tenho a dizer que os JupTalkers hoje vão estar por aqui por isso cuidado. Eles querem analisar o espaço para a batalha.
HimChan olhava triste para o telemóvel.
Dei-lhe uma palmada meia pesada nas costas. Ele soltou um sonzinho.
JongUp: Então?
HimChan: Ah…és tu…
JongUp: O que foi?
HimChan: Bem… Nada esquece.
JongUp: Vá desembucha.
Ele olhou por cima do meu ombro. Viu que Zelo estava outra vez concentrado nos papéis em cima da mesa.
HimChan: Anda que eu explico-te mas não digas a ninguém…
HimChan rebocou-me até fora do prédio. Era de noite, estava tudo muito escuro mas bonito. O céu estava preto mas muito estrelado pelo que a escuridão não assustava.
HimChan: Bem... aqui é seguro. Então é assim.. eu não sabia daquelas cenas dos territórios…
JongUp: Sim, és novo nisto, é normal.
HimChan: Sim, então eu fui dar uma volta para descontrair. Então encontrei uma rapariga. – Comecei a pensar os tópicos todos que pudessem surgir sobre uma rapariga, talvez por estar comprometida, ou porque é maluca, ou porque tem algum defeito… mas não chegava lá. A tristeza dele não fazia sentido face às minhas opções.
JongUp: Era boa?
HimChan: Mais ou menos…
JongUp: Sim…e?
HimChan: E então ela estava a chorar e eu fui tentar reconforta-la.
JongUp: Sim?
HimChan: E consegui. Depois eu pedi-lhe o número e dei-lhe o meu.
JongUp: Ui! Deixa ver…
HimChan contra a sua vontade, revirando os olhos, mostrou-me o telemóvel.
JongUp: Até que nem é feia…mas tem os olhos muito inchados.
HimChan: Sim… É normal, ela chorou muito, e depois levei-a a casa.
JongUp: E? Ela não te ligou?
HimChan: Ligou…O problema todo é esse!
JongUp: Então? Agora já não estou a perceber nada!
HimChan: Ó pá. Quem atendeu foi o YongGuk… Ela fiz que eu sou…não gozes! – Ele corou e eu assenti com a cabeça, tentando assegurar-lhe que não o ia fazer – diz que eu sou o ‘’Anjo HimChan’’.
Apeteceu-me rir à gargalhada, mas tentei controlar-me.
JongUp: E depois?
HimChan: Depois o YongGuk riu-se por ela me chamar isso…
JongUp: E onde está o problema disso…?
HimChan: O problema é este meu caro; estou apaixonado pela ex do YongGuk.
Fiquei estupefacto, o meu queixo caiu. Como era possível? O quê? Olhei-o.
JongUp: Mostra lá outra vez a foto!
Mostrou-ma novamente, nem sabia que aquela tinha sido a última namorada dele. Mas mesmo assim…como era possível? Quando finalmente voltei a mim quase que gritei.
JongUp: What bro’? Pela ex do Bang?
HimChan: Sim… e tu sabes que ele…ainda não a esqueceu.
JongUp: Mas olha lá…tu só a conheceste hoje…e já..?
HimChan: Nunca ouviste dizer que leva um segundo para te apaixonares por alguém? Nem sei o que me deu! Como pode isto acontecer? Que raiva!
JongUp: Ui…HimChan, dou-te um concelho, se o Bang gosta dela e está neste preciso momento com ela no território dos Lobos… desiste meu, ele parece que é feito de aço e não vai deixá-la ir…
HimChan ficou com o ar triste de ainda à bocado enquanto segurava o telemóvel e olhava para a foto.
JongUp: Meu, esquece-a não esperes mais do que amizade vinda dela! Há de haver outra pessoa neste mundo. Esquece-a. É o melhor.
HimChan: Pois isso é o difícil. Até porque ela parece que não desgosta de mim, mas o YongGuk espancava-me se soubesse que sequer me aproximei dela ou que…gosto dela. – Apresentou uma das suas muito expressivas expressões.
JongUp: HimChan hyung, já es crescidinho, tu tomas as tuas decisões mas cuidado. O Bang hyung não desiste do que gosta e tu sabe-lo melhor do que ninguém.
HimChan: Ele às vezes parece…tão frio…mais frio que o Inverno.
JongUp: Só é durão por fora – Ri-me – Ele é porreiro, pena ser tão sensível…
P.S.: Umma n bater eu T.T
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Assunto: Re: Ta-Dah It’s B.A.P.! (5º Capítulo - Página 7) 
Ter 27 Nov - 19:20:27
