Como prometido, aqui tá ^^
Boa leitura minhas lindinhas!
Mixed Bands
Cap. XIII – A Razão do Amor de Alex
(SHINee)
Alex saiu do táxi e viu o grande edifício da SM mesmo à sua frente.
O que é que eles estariam ali a fazer?
-Bem, vamos? – Perguntou TaeMin depois de sair do veículo e meter-se ao pé dela.
A rapariga assentiu com a cabeça, fazendo, de seguida, deixar-se levar pelo jovem, que a puxava para dentro como uma mão na sua.
Entraram, dirigindo-se aos elevadores, e depois subiram até ao último andar.
Continuaram a andar até chegarem a uma sala enorme que a morena já tinha conhecido.
Entraram e depois Tae foi pousar o saco desportivo que tinha no ombro, abrindo-o e tirando de lá alguns CD’s.
-O que é que estamos aqui a fazer, TaeMin-goon?
-Não se vê logo Noona? Vamos dançar. – Respondeu sorrindo, enquanto metia um CD na aparelhagem.
-Vamos? Eu e tu?! – Exclamou a portuguesa espantadíssima.
Alex sabia que até nem era má de todo a dançar, mas sabia perfeitamente que nunca chegaria aos calcanhares de Tae, ao ponto de dançar com ele.
-Ye. Qual é o mal?
-TaeMin-goon! Espero que saibas que nunca vou conseguir acompanhar-te.
-Wae?
-Porque… Tu és demasiado bom.
E depois ambos coraram um pouco.
-Oh! Komaweo Noona. – Agradeceu, passando as mãos pelo cabelo loiro – Mas tu também és maravilhosa a dançar.
-Mesmo assim… Eu não consigo. – Disse ela timidamente.
-E se eu dançar primeiro para ti?
Ela não disse nada, pois ficou muito séria a pensar na sua proposta e o coreano, também não esperou que esta abrisse a boca. Saiu de ao pé dela e foi a correr até à aparelhagem, mexendo nela, e depois carregando no play.
A música começou a tocar, e ele voltou para ao pé dela, fazendo esta sentar-se, para apreciar o show.
TaeMin, assim que o instrumental da canção acabou, este meteu-se a dançar com todas as suas forças enquanto cantava: Noona Neumu Yeppeo.
Os olhos da rapariga brilhavam com tal beleza de voz e movimentos juntos, fazendo-a a sorrir enquanto assistia ele a cantar e a dançar para ela, a sua música de debut com o resto dos SHINee.
Era engraçado como esta se lembrava de ouvir amigas a dizerem que o sonho delas era estar no centro do grupo, enquanto estes cantavam Replay para elas, e agora, a morena, que nunca pensara nisso, estava ali… A apreciar tal maravilha dada pelo Maknae, que a fazia cada vez mais feliz.
TaeMin dançava cada bocado com tal perfeição e agilidade que deixava-a cada vez mais a pensar que nunca iria ser parecida com ele. Que ele era único a dançar e que nunca, nem ninguém, o conseguiria superar.
E como ele parecia estar bom ao longo dos anos. Parecia até que aquele Replay já não era mais uma música de adolescentes que acabara de sair da puberdade para o mundo do espetáculo. Agora aquela música de debut, parecia cada vez mais adulta. E isso devia-se ao simples fato do crescimento do jovem TaeMin, pois ele no início não passava de uma criança e agora… Estava um homem. Um homem belo, forte e magnífico. E Alex, mesmo sendo ridículo, estava orgulhosa dele, porque sempre o vira com um menino, uma criança, um bebê que ela queria proteger.
Mas naquele momento parecia que os papéis tinham-se invertido. Agora era Lee que a protegia. E isso tinha-se visto ontem quando tentou acalma-la, e hoje, quando a levara ali.
Alex, naquele momento, agradeceu por ele ter entrado na sua vida.
A música começou a parar, fazendo o jovem repousar.
-Agora é a tua vez, Noona. – Disse sorrindo para ela, não parecendo nada ofegante depois do que acabara de fazer.
-Mwo?
-Ye! Agora é a tua vez de dançares para mim.
TaeMin foi até ela, e puxou-lhe as mãos para esta se levantar.
-TaeMin-goon, eu não consigo!
-Claro que consegues Noona. Tu danças muito bem. E se da outra vez dançaste para nós todos, porquê que agora não danças só para mim? É por ser eu? – Perguntou ele, com um olhar mais sério.
Alex olhou para o lado, e corando um pouco começou a falar:
-Ye. É por seres tu. Porque… Tu sempre foste a minha inspiração no que se tocava a dança. E agora estar a dançar para ti, para mim é algo tão grande que não merece erros. E eu sei, que se fizer isso enquanto olhas para mim, eu vou bloquear, e vou errar. E eu não quero fazer isso à tua frente.
O Maknae sorriu com tal declaração, e depois pegou nas mãos da jovem com delicadeza, fazendo esta fita-lo outra vez.
-Komaweo Noona. A sério. É muito bom ouvir isso, vindo de ti.
-Eu só disse a verdade.
-Eu sei. Mas por isso é que te peço para dançares para mim.
-Anniya. Eu não consigo contigo a olhar.
O coreano ficou a pensar durante um bocado e depois teve uma ideia.
-E se tu não me vires?
-Como assim?
-E se te vendar os olhos? Achas que consegues?
Ela não disse nada, simplesmente encolheu os ombros.
O dançarino foi a correr até ao seu saco, e de lá tirou um lenço preto. Levou-o até à companheira, e depois vendou-lhe a visão.
-Consegues ver alguma coisa Noona?
Ela negou com a cabeça.
TaeMin levou-a até ao centro da sala, e depois deixou-a, indo até à aparelhagem.
-O que queres dançar?
-Para mim tanto me faz.
-Ok. Vai a primeira que aparecer.
E depois carregou no play.
A música começou a tocar, e a jovem conheceu de logo o One Love dos Super Junior.
Ao início fez simples passos, não se sentido muito à vontade, mas depois foi começando a libertar-se, sentindo-se mais à vontade para dar o seu melhor.
E TaeMin percebeu isso.
Ele olhava para ela, e compreendeu que esta contraia-se um pouco no início. Mas assim que começou a dançar realmente, o Maknae pode ver o quanto jovem era boa, e como maravilhosa ela era a dançar. Alex quando dançava por si mesma tinha uma grande mistura de boy dance e de girl dance. Mais precisamente dançava com a complexidade e a garra de um dançarino, mas ao mesmo tempo com a graça e a sensualidade de uma mulher. E isso deixava-o completamente estupefacto com tais movimentos graciosos mas ao mesmo tempo tão cheios de vida. E isso era o que ela tinha mais para dar.
Vida não lhe faltava agora. Via-se isso ao ver ela a explorar cada canto da sala com os seus passos. Ela agora tinha libertado todo o peso da noite anterior que ainda tinha em si. E TaeMin sentiu-se feliz por tal, pois era esse o seu plano. Queria que ela esquecesse por uns momentos o que acontecera, e como ele só se conseguia sentir em paz a dançar, este pensou que talvez também desse resultado com a jovem. E parecera que sim.
Ela começou a parar ao mesmo tempo que a musica, e ao contrário dele, esta respirava ofegantemente, pois mesmo depois de tanto tempo nos treinos, a morena sabia que para ele aquilo já era normal, logo não se cansava tanto quanto ela.
Alex começou a tirar a venda dos olhos e assim que a sua visão voltou ao lugar, pode ver Tae a olhar para si, com os olhos a brilharem.
-Então? – Perguntou tentando controlar a respiração – Como fui?
-Estupenda!
A portuguesa não conseguiu conter, mas no momento que ouviu tais palavras a saírem da sua boca, um sorrido apareceu nos seus lábios, assim como um pequeno rubro nas faces.
-Komaweo. – Agradeceu, fazendo-lhe uma vénia.
* * *
Os dois jovens estavam a dançar juntos há mais de uma hora.
Tinham dançado todo o tipo de danças, desde algumas bem conhecidas do mundo de k-pop, como outras americanas, e até algumas que eles inventaram, dançando e olhando um para o outro.
Estavam ambos exaustos quando decidiram parar um pouco.
Enquanto Alex – completamente cansada – sentou-se no chão, encostando-se à parede para se tentar recompor, TaeMin foi até junto da aparelhagem, parando o som que ainda havia no ar, para depois ir até à mala e tirar de la duas toalhas e duas garrafas de água, voltando de seguida para ao pé da jovem entregando-lhe um pertence de cada.
-Aqui tens Noona. Bem precisas. – Disse ele, sentando-se ao seu lado, ao pé da parede.
-Komaweo TaeMin-goon. Isto vai fazer me bem.
A portuguesa engoliu a água que havia na garrafa num só golo, secando depois com a tolha, a sua pele húmida.
-Noona… - Começou o loiro.
-Hum?
-Posso fazer-te uma pergunta?
-Ye.
-Há quanto tempo é que gostas do MinHo Hyung? – Perguntou de cabeça baixa, olhando para baixo, para as suas mãos que brincavam, sem razão, com a garrafa.
A nova integrante da banda não disse nada de início. Já estava a espera daquela pergunta desde a noite anterior. Só não esperava que ele fosse faze-la tão cedo. Tocando na ferida tão recente.
-Mianeyo. Não devia ter perguntado isto.
-Anni. Está tudo bem.
Ele começou a olhar para a jovem, esperando que ela lhe respondesse. Mas esta parecia demasiado perdida no horizonte para falar.
-Então?
-Há sete anos. Mais precisamente.
-Mwo? Sete anos? Mas isso é há muito mais tempo que o debut dos SHINee.
-Pois é. – Suspirou ela.
-Então como é que o conheceste?
FlashBack On
Depois das primeiras aulas da manhã, Alexandra saiu da sala com a mochila às costas a caminho da casa de banho.
Tinha perdido praticamente duas horas da sua vida ali, naquele seu primeiro dia de aulas, numa escola nova e num país novo, pois não compreendia nada da língua nativa. E sinceramente ficava um pouco desanimada só de pensar que isto seria durantes horas, dias, semanas, meses, pelo menos até esta conseguir aprender a língua coreana. Iria ser cansativo, mas pelo menos era melhor que viver em Portugal.
Ela, depois de muita procura, conseguiu finalmente reencontrar a casa de banho das raparigas, e assim que abriu a porta, viu umas quatro viradas para o espelho a arranjarem os cabelos compridos e lisos – completamente o oposto dos dele, que era curtos e ondulados, com jeitos ocidentais.
A jovem portuguesa entrou para dentro de um cubículo, e assim que o fez, conseguiu ouvir as coreanas a darem gargalhadas sonoras enquanto diziam algo na língua materna, fazendo esta sem saber o que elas diziam. Mas se calhar, até era bom assim.
-Oh meu deus! Vocês viram aquilo?
-Ye! Que aberração!
-E eu a pensar que as raparigas ocidentais eram bonitas.
-Devias estar maluca quando pensaste tal coisa Unnie!
-Realmente. É que aquilo de bonito não tem nada!Alexandra esperou um pouco, e assim que o WC ficou em silêncio, esta saiu do seu cantinho e foi até ao lavatório para puder mirar a sua terrível imagem.
Naquela altura, ela era muito baixa e gordinha, com aparelho nos dentes e terríveis borbulhas da puberdade na cara.
Era, por assim dizer, uma coisa não muito apreciável à vista. E esta até nem ligava a esse tipo de futilidades há pelo menos três anos atrás, antes de começar a sofrer de bullyng.
Tinham sido os piores tempos da sua vida, chegando até a apanhar uma depressão, pois tais agressões, físicas e verbais, tinham sido tão traumatizantes que a deixaram assim, no ponto de aceitar a 100% a ida dela e dos pais para a Coreia do Sul, devido à promoção que o pai desta ganhara, na empresa que trabalhava em Portugal.
Alexandra, realmente estava farta de viver na terra natal, pois nunca fora muito social, logo nunca tivera muitos amigos – ou amigos alguns. E quando viera para aquele novo país, há mais ou menos um mês, esta tivera a esperança que isso fosse mudar. Que pudesse tornar-se numa adolescente como qualquer outra da sua idade. Mas, deparando-se com cenas daquelas, – e de outras que já vivera naquele dia – ela começava a achar que isso nunca iria mudar. Que iria ser sempre assim, e que “aquilo” nunca a iria deixar em paz.
Passaram-se trinta minutos, e apôs estes, o toque da campainha, em sinal de entrada, soou. Ela saiu da casa de banho e vendo os corredores vazios, a morena começou a caminhar por eles.
Andou, andou e andou, mas não conseguiu encontrar a sala que queria. Aquilo era realmente muito diferente da sua antiga escola.
Estava completamente perdida, e quando deu por si, estava no ginásio do colégio.
Olhou para o relógio de pulso que trazia consigo e viu que já passara quase vinte minutos desde o momento de entrada, logo já nem valia a pena tentar ir ao resto das aulas da manhã, pois daquilo que lhe disseram, os professores na coreia não deixavam entrar ninguém depois de um limite de atraso.
Desistindo, sentou-se no chão, ao pé do poste do cesto de bascketball, pousando a mochila ao seu lado, e depois começou a cantar musicas na sua língua para fazer passar o tempo.
Mas aquele seu momento foi interrompido por risos e conversas em alto som.
Alexandra olhou para aquela cena e viu um bando de seis rapazes, com os uniformes completamente desmanchados e cabelos rebeldes.
-Oh! Olha ali uma tipa!
-Não é ocidental?
-Ye. Dizem que é a nova aluna.
-Tchi! E é feia!
-Vamos brincar um bocado com ela?Assim que a estrangeira percebeu que eles falavam dela, – pois apontavam para esta – levantou-se, recompôs a saia da sua farda e depois começou a pegar a sua mochila para sair dali.
Mas foi impedida, sendo encurralada por eles os seis, que rodeavam o seu corpo com os deles.
-Então? Ias te já embora?
-Não gostas da nossa companhia?
-Vocês são estúpidos ou quê? Não veem que ela não percebe nada do que vocês dizem?Ela tentou escapar, mas não conseguiu pois dois deles seguraram-na pelos braços, enquanto um terceiro tirava-lhe a mala, para vasculhar o que esta la tinha dentro.
Tirou-lhe o dinheiro que tinha na carteira e entregou-a a outro que estava livre, assim como o seu telemóvel e o mp3.
-Pessoal, vocês já viram ocidental mais feia? Falou um deles em coreano, enquanto segurava na cara da jovem pelas bochechas com uma mão, fazendo os amigos rirem-se de seguida.
-E eu a pensar que as ocidentais eram do tipo Angelina Jolie, Cameron Dias, Megan Fox…Parece que me enganei.Alexandra começou a tremer, enquanto deixava cair várias lágrimas. Tinha fugido de um sítio, para passar por aquilo tudo outra vez. Não era justo.
-Por favor… Deixem-me ir. Vocês já têm o que querem. – Pediu ela em português, sendo um ato espontâneo.
-O que é que ela está a dizer?
-Achas que eu sei Hyung? Por acaso estás me a ver com olhos redondos?E depois o ultimo que falara, levara os dedos aos olhos para mete-los redondos, gozando com os ocidentais, fazendo os outros rirem outra vez.
A portuguesa não conseguiu pensar naquele momento. Apenas conseguia chorar e tremer por todos os lados. Estava realmente assustada, pois não sabia o que os orientais eram capazes de fazer.
-O que é que vocês estão a fazer?E depois os seis jovens olharam para trás para ver quem era aquela sétima voz.
-Não acham que está na altura de pararem de se meter com os mais indefesos?
-Yaaa! Mete-te na tua vida MinHo! – Gritou o que estivera a agarrar a cara da morena.
-Lamento. Mas não posso fazer isso. Se não…
-Se não o quê!?
-Vocês realmente já se esqueceram do que aconteceu da última vez?
-Como é que nos podíamos esquecer? Nunca iriamos conseguir apagar o que fizeste ao JooWon!
-Ainda bem que se lembram. Então toca a irem-se embora, e deixem a rapariga.
-Mas tu mandas?O outro coreano riu-se e depois pousou no chão a mala que tinha no ombro, assim como a bola de bascketball que tinha debaixo de um braço, e começou a caminhar até eles. Contornou-os, e foi até junto da rapariga, tirando-a do poder de um deles, e quando foi tentar com o outro, o coreano que o segurava não o largou, fazendo o herói lançar-lhe um olhar ameaçador.
Este, com medo do que lhe podia acontecer, deixou o braço da portuguesa. Fazendo o sétimo elemento leva-la dali do meio dos orientais.
-Agora vão se embora antes que se arrependam de estar no mesmo local que eu.E os rufias não disseram mais nada. Simplesmente pegaram nas coisas que tinham roubado à jovem e meterem-se a andar.
Alexandra, perdendo-os de vista, caiu de joelhos no chão completamente de rastos, a chorar compulsivamente.
O rapaz foi até à sua mala, e lá trouxe um lenço de papel, entregando-o depois à rapariga chorosa.
-Are you ok? – Perguntou-lhe o rapaz agachando-se ao pé da portuguesa.
A rapariga simplesmente assentiu a cabeça, não conseguindo olhar para ele.
-Are you sure?
-Yeah. Thank you.
E depois ela fitou-o.
Foi estranho, mas o seu coração começou a bater com força ao ver a beleza dele.
Não é que ele fosse muito diferente do resto dos coreanos que já vira, mas ele parecia ter algo de único. Não sabia se era por causa dos olhos grandes, dos lábios carnudos e redondos, da voz profunda, ou até mesmo do cabelo escuro, liso e curto. Ela não sabia, mas ele tinha algo de especial, que a fascinava naquele momento.
-So… I have to go. If you need something, you can call me. I don't want those punks mess with anyone else.
-Ok.
Ele levantou-se e foi até junto da mala e da bola, pegando-as e começando a andar até o lado oposto do dela.
-By the way... My name is Choi MinHo. – Disse ele, virando-se para a jovem, e sorrindo antes de sair.
Alexandra viu-o a caminhar até à saída do ginásio e por momentos não conseguiu conter as palavras que lhe saíram como um murmúrio:
-MinHo… O meu herói.
FlashBack Off
A rapariga acabou de falar com um pequeno sorriso nos lábios. Não gostava de falar de coisas que a fizessem lembrar do seu terrível passado que vivera em Portugal.
-Uau! – Deixou o loiro escapar, assim que ela se calou – Nunca pensei que pudesses ter passado por coisas tão complicadas.
-Mas passei. – Suspirou a portuguesa – Sabes, ser como eu era, não era fácil. Ainda por cima num mundo onde a elegância é o principal interesse de beleza.
-E… - Hesitou TaeMin um pouco, com medo de dizer algo que não devia – Como é que conseguiste ficar assim Noona?
Ela levantou-se e foi para a frente do espelho comprido que havia na sala.
-Assim como? Magra? – Perguntou, levantando o top, fazendo a sua esbelta barriga ficar à mostra, enquanto a olhava pelo seu reflexo.
-Ye.
-Foi com os treinos, quando passei no casting da SM. – Respondeu.
-Os teus treinos foram assim tão pesados, Noona?
-Sim. Foram uns cinco anos intensos. Para além de ter que melhorar a minha dança, a minha voz e o meu coreano, que na altura ainda não era uma perfeição, também tive que aprender a compor, representar e a desfilar. E isto tudo enquanto estudava, pode se dizer que não foi muito fácil. Cheguei a apanhar um esgotamento e até a pensar seriamente em desistir por várias vezes.
-E não o fizeste porquê? – Questionou-a, curioso.
-Porque, para além de aquele ser o meu sonho, eu tinha a Stace a meu lado. E tu não tens noção de como aquela rapariga tem vida! Pode se mesmo dizer que ela treinava por ela e por mim, às vezes.
-Vocês treinaram juntas desde o início?
-Ye. Quando fomos fazer o casting, fomos juntas. E acho que a SM gostou mais do facto de sermos estrangeiras que eram super amigas e que tentavam a sua chance na Coreia, do que propriamente das nossas performances. – E riu-se.
-Não acredito que fosse só por isso. Vocês deviam já ter um grande talento. – Falou Tae, chegando-se ao pé dela enquanto fitava as duas figuras no espelho.
-Anniya. Nós até nos safávamos, mais ela que eu para ser sincera. – Voltou Alex a rir-se, lembrando-se das figuras que fizera no casting.
-E no que é que vocês eram especialistas?
-Bem, a Stace sempre teve uma voz poderosa, e estranhamente, ela já a sabia manejar, por isso chegou lá e arrasou logo. Eu fui mais na parte da dança.
A minha mãe tinha sido bailarina profissional de ballet e de danças latinas, e depois virou professora, logo, desde de pequena que ela ensinava-me. Por isso nessa parte já ia bem caminhada. O meu problema, era mesmo o Hip Hop. Não era lá muito boa.
-Danças latinas?
-Ye. Eu depois um dia ensino-te. – Sorriu-lhe ela, enquanto passava uma mão pela cabeça do jovem, despenteando-o, mesmo da grande diferença de alturas.
Alex saiu de ao pé dele, e foi até à mala que ele trouxera guardando as coisas que ele tirara para estarem alí.
-Sabes Noona… Não me admira nada que o MinHo Hyung tenha feito tal coisa por ti.
-Porque dizes isso? – Perguntou-lhe, virando-se para ele.
TaeMin não a olhou, simplesmente ficou especado à frente do espelho, a olhar-se.
-Quando o conheci nos treinos, uns tempos depois, ele foi-me buscar a escola, pois a dele fiava perto, e assim íamos juntos para os treinos. E uns rapazes da minha turma, à saída, meteram-se comigo como faziam sempre, e o Hyung meteu-se à frente, não os deixando tocar-me. – Baixou a cabeça e começou a fitar o chão – Claro que os tais rufias não deixaram-me em paz mas o MinHo Hyung ia quase sempre buscar-me a escola, tipo meu guarda-costas, o que os fez acalmarem-se. Pelo menos até ao nosso debut. A partir daí o MinHo Hyung não pode meter-se mais nessas minhas coisas por causa do Manager Choi e do contrato da SM, para não estragar a nossa imagem.
A nova integrante da banda começou a caminhar até ao jovem, e depois, como num impulso, abraçou pelas costas, tentando conforta-lo.
-Não penses mais nisso, TaeMin-goon. Memórias dessas devem ficar no passado e nunca nos perturbar no futuro. – Tranquilizou-o ela, lembrando-se das palavras que Stace sempre lhe dizia.
-Komaweo Noona. – Agradeceu ele, pousando a mão em cima dos braços da jovem, que rodeavam a sua barriga.
-Bem, vamos embora? – Perguntou a morena, largando-o e caminhando outra vez para ao pé da mala, enquanto voltava a fazer o rabo-de-cavalo, no seu cabelo castanho e longo.
-Noona. – Chamou-a o rapaz, virando-se agora para onde ela estava, fazendo-a virar-se para ele, enquanto esperava que este falasse – Agora percebo o porquê do teu amor por ele, mas… - E hesitou depois um pouco, temendo o que ia dizer.
-Mas? – Insistiu Alex.
Não te prendas nesse amor Noona. Vais acabar por te magoar ainda mais.-Nada, ia só dizer que, estarei sempre aqui para te ajudar a suportar esse amor. - E sorriu para ela, enquanto caminhava na sua direção.
Não percebia muito bem o que se passava na sua cabeça, mas naquele momento desejou voltar atrás e dizer o que devia ter dito, pois sabia perfeitamente que, mesmo MinHo sendo um excelente amigo e pessoa, não era lá um grande homem para cuidar do coração das mulheres. Quando mais uma mulher como a sua Alex que merecia a perfeição.