XXII Capítulo – Apreciar a Beleza 
13-14/6/1925, Caminho de Regresso, Montanha, South KoreaPOV JONGHYUN
-“Jonghyun…eu…”
-“Eu sei, eu sei Jinki! Desculpa, esquece o que acabou de acontecer, não voltará a acontecer! Eu sei que estás com a Leonor e eu não me vou intrometer. Foi apenas um impulso que acabará por não significar nada.”
-“…não significar nada?”
-“Tu gostas da Leonor e a Leonor gosta de ti, e mesmo assim… isso não me interessa para nada! O que importa, é que esqueças isto que acabou de acontecer...”
-“E tu?”
-“Eu?”
-“Sim! E tu? Gostas de mim?”
-“Jinki, já te disse que isso não me interessa nem te vai interessar a ti! Esquece isso, esquece isto, esquece tudo. Ok?”
-“Jonghyun tu…eu realmente… aiiissshhh!”
-“Não precisas de dizer nada, eu sei que tu e a minha irmã estão juntos e eu não vou me meter, apenas esquece isto!”
-“MAS EU NÃO ESTOU COM A LEONOR, PORRA!”
Senti-me a falecer naquele momento, o Jinki estava a mentir-me. De certo que não sabe que eu vi o beijo entre eles. Não podia acreditar que o Jinki, a pessoa mais pura e verdadeira que eu pensei conhecer, era um mentiroso e que conseguia jogar assim com os sentimentos das pessoas.
Juntamente com a minha desilusão, lágrimas quiseram sair, mas os meus olhos, cerrados de raiva, não deixaram que tal acontecesse.
Friamente, ainda consigo levantá-lo e ajudá-lo a caminhar de volta para o sítio da pausa.
Jinki chamava o meu nome de tempos a tempos, mas a minha resposta era sempre o silêncio cortante que ele merecia, silêncio este que permanecerá.
Quando ia a correr, não me tinha apercebido que tinha percorrido uma distância tão grande assim. A meio do caminho, sinto que o peito de Jinki oscilava de uma forma irregular e forçada, o que me vez ganhar a consciência que o melhor seria parar por momentos. Agarrei-lhe nos ombros para dar estabilidade ao seu corpo e tentei encará-lo com a preocupação inevitável, porém, Jinki olhava o chão e recusava-se a encarar-me. É então que, baixando-me de forma a conseguir ver-lhe o rosto, noto que lágrimas caiam em quantidade e que toda a sua expressão mostrava tristeza.
-“Jinki? Tens dores?”
-“Não!”
-“Então porque raio estás a chorar que nem uma menina? Eu posso saber?”
Jinki levanta então o rosto e encara-me, unindo os nossos olhares mutuamente tristes:
-“Jonghyun…”
Fico assim por momentos, sem conseguir falar ou desviar o meu olhar do olhar profundo dele. A verdade é que me doía vê-lo assim, mesmo que merecesse, mesmo que sentisse raiva, magoava-me ver aquelas lágrimas naquele rosto forte e corajoso. Ainda assim, consigo desviar o olhar, virando a cara:
-“Jinki esquece, não vale a pena agora chorar!”
Jinki põe as suas mãos frias nos meus braços e tira as minhas mãos dos seus ombros, afastando-nos um do outro, aguentando-se a esforço, sozinho em pé.
-“Eu sei que não vale a pena! Nunca valeu! Já me apercebi disso tantas vezes. Chorar não traz de volta nada, chorar não faz que uma situação mude, chorar até pode ser, para alguns, um acto de fraqueza. Mas agora, apetece-me chorar, entre tantas outras coisas que não sou capaz de fazer. E se chorar sou capaz, vou fazê-lo! Apenas deixa que o faça sozinho!”
Jinki começa a caminhar sozinho, devagarinho com fragilidade nos seus passos. Tal como ele, apetecia-me chorar, mas acima disso, apetecia-me fugir de tudo aquilo, adormecer e acordar numa outra dimensão onde não havia poder, não havia Jinki, nem havia este desejo que eu tenho de ser feliz com ele.
Caminho até ele, tentando por um braço em torno do seu corpo de modo a ajudá-lo a caminhar, mas no momento em que lhe ia tocar, ele afasta-me com um movimento de vento forte e gelado:
-“DEIXA-ME IR SOZINHO JONGHYUN!”
Aquelas palavras apesar de previsíveis, doeram mais que um estalo do meu pai, de dantes quando me recusava a trabalhar com ele ou a faltar à escola para tratar dos seus negócios.
Afasto-me então e caminhamos a metros de distância, mas na mesma direcção.
POV KIBUM
Finalmente vi os rapazes a chegar. Não estavam juntos, como havia previsto ou desejado, vinham distantes um do outro. Jonghyun vinha um pouco atrás. Jinki tinha uma ferida na cabeça que deitada sangue pela sua testa.
Assim que o vi, corri para ele em pânico, tentando apoiá-lo nos meus braços e saber de alguma maneira o que aconteceu, mas Jinki, limitou-se a receber o meu abraço e a continuar calado.
Jonghyun assim que nos alcança, corre para Leonor e abraçasse a ela com força. O que surpreendeu a pequena e a fez barafustar pelo estrangulamento, gesto porém, que não fez resultado. Jonghyun manteve-se sempre por perto de Leonor, o resto de todo o caminho, numa subida ou noutra, Leonor até foi obrigada a aceitar as cavalitas dele.
Eu, ajudava o Jinki como podia, tentava limpar-lhe a ferida como era capaz e tentava que ele bebesse água ou comesse alguma coisa, mas Jinki mal me respondia, estava frio e distante, parecia uma outra pessoa, o seu positivismo impressionante tinha fugido juntamente com o brilho dos seus olhos e com o sorriso que sempre usava.
Passado horas, chegamos a casa da senhora Fuk Kiu. Jinki entra pela casa a dentro com rapidez e vai deitar-se no sofá da sala. Jonghyun e Leonor estavam surpreendidos a olhar a casa, que embora tenha traços tradicionais, era muito diferente das casas que eles já tinham visto. Era quase na totalidade em tons de branco e tons envelhecidos, o tema essencial era o universo, e a casa era um retrato da natureza em tudo, a mesa, era em forma de meia-lua, o sofá principal tinha os recortes de uma nuvem. Era uma casa que parecia ter sido tirada de uma história infantil que falava de lendas antigas.
No fim de nos instalarmos, fiz um chá para todos nós e aconselhei a irem dormir para que ficassem prontos para o treino do dia seguinte.
Jinki apressa-se a beber o chá e, no fim de dar as boas noites, dirige-se para o quarto de Luna, quarto partilhado por nós os dois.
Jonghyun assim que acaba de beber, quis também ir descansar.
-“Olha Jonghyun, tu e a Leonor poderão ficar no quarto da senhora Fuk kiu, é a porta azul escura, podes ir andando que eu já te vou dar umas indicações.”
-“Tudo bem Kibum, boa noite! Leonor vê se não demoras muito a ir para a cama!”
-“Olha-me este a pensar que manda! Já vou!” – Diz Leonor, que se aquecia sentada no sofá nuvem à frente da lareira que fiz questão de acender.
Assim que arrumo as chávenas do chá, dirijo-me ao quarto de Jonghyun.
Este deveria estar com calor, pois estava de tronco nu, sentado na cama, encostado à cabeceira da mesma.
-“Jonghyun credo! Mas tu não tens frio?”
-“Eu não!”
-“Olha as indicações que tenho para dar são, ora, 3! Primeira, as almofadas e os cobertores estão no móvel que tem a papoila desenhada. Segunda, a casa de banho é a porta verde seca que esta no fundo deste corredor, e terceiro, TU VÊ LÁ SE GANHAS JUIZO NESSA TUA CABEÇA DE PEDRA!”
-“O quê? Cabeça de quê?”
-“Ouve lá mas tu és o quê? Masoquista ou…epah cego? Tu não vês que o Jinki te adora? Ele adoro-te de verdade Jonghyun, eu já o conheço, não podes simplesmente fazer isto a vocês os dois, vocês precisam de estar juntos, e não é só por causa do equilíbrio do universo, mas também porque vocês se amam bolas e eu não consigo aceitar este ambiente no nosso grupo, percebes?”
-“Eu não vou desequilibrar o universo só por me afastar do Jinki, Kibum deixa os livros de dramas ou assim!”
-“Livros de dramas? Tu pensas que eu estou a brincar? Jonghyun ouve-me se faz favor!” – Digo sentando-me ao lado dele na sua cama: - “Eu não posso dar conta de tudo, eu sou um miúdo ainda, a minha principal missão, a primeira do que qualquer outra missão, é juntar os elementares, mas compreende que isto não passa só por eu estar a tentar obedecer à vontade do universo, também é estar a zelar pela felicidade dos meus amigos que eu amo, Jonghyun, vocês são a minha nova família e isto não faz qualquer sentido!”
-“Pode não fazer para ti, mas faz para mim! O Jinki está com a Leonor, eles gostam um do outro, eles beijaram-se e o Jinki ainda me foi capaz de desmentir que eles estão juntos! Ele mentiu-me Kibum, ele mentiu e desiludiu-me e agora a minha ideia de ter que me afastar, ainda está mais vinculada.”
-“Sabes uma coisa?”
-“O quê?”
-“Tu tens que parar de tentar adivinhar as coisas, essa é a minha missão, não te queiras comparar a mim, está bem?”
-“Adivinhar? Que queres dizer?”
-“QUERO DIZER QUE, SE O JINKI DISSE QUE ELES NÃO ESTÃO JUNTOS É PORQUE ELES NÃO ESTÃO JUNTOS! Afinal quem anda a ler dramas és tu Jonghyun! Sabes o que é que a tua irmã me esteve a contar? Ela contou-me que sim, que se apaixonou pelo Jinki e que o beijou esta manhã, mas que, no entanto, o Jinki explicou-lhe que não estava apaixonado por ela, disse-lhe que a Leonor para ele, era apenas uma amiga ou uma irmã mais nova que ele tem a necessidade de proteger.”
-“O-o-quê?”
-“O que tu ouviste Jonghyun!”
-“Mesmo assim…A Leonor gosta do Jinki, isso para mim é motivo suficiente para ter que me afastar, eu não posso voltar a beijá-lo!”
-“AAIIISSSHHH JONGHYUN TU ÉS MESMO….espera lá…. TU BEIJÁSTE-O?”
-“É algo que se tem que esquecer, não quero magoar a Leonor!”
POV LEONOR
Estava a ir para o quarto com o intuito de receber também as informações do Kibum e de dormir porque a viagem tinha sido cansativa e demorada, mas, quando vou a abrir a porta do quarto, noto que o Kibum estava a conversar com o Jonghyun, a gritar com ele mais propriamente, o que me deixou para alem de receosa, curiosa.
A discussão tinha o meu nome.
Afinal era este o motivo por o Jonghyun andar tão estranho, ele está apaixonado pelo Jinki, e ele beijou-o. Mas afasta-o, e tudo por minha culpa, tudo para se armar em irmão protector! Porque ele me subestima desta maneira? Porque é que ele tem que agir assim sempre?
Não sei muito bem o que raio estava a fazer mas fiz o que a minha vontade mandou, vesti o meu casaco comprido preto de cabedal, voltei a calçar as minhas botas e saiu a correr daquela casa e seguindo pelas ruas de Seoul.
A verdade é que, por minha culpa, andava tudo nervoso e desequilibrado, e eu nem dei conta. Não posso deixar que isto continue assim!
Madrugada, 13-14/6/1925, Centro de Seoul, South Korea POV KIBUM
O Jonghyun era mesmo alguém teimoso, mas não há-de ser mais que eu! Decidi deixar o bebé rabugento dormir e fui também fazer uma tentativa de descansar.
Quando cheguei ao quarto o Jinki estava deitado com os olhos fechados, virado para a janela. Se estava a dormir? Não, ele não estava, para além de ele nunca dormir virado para a janela porque isso faz com que, por vezes, flutue durante a noite, ele tem sempre uma respiração mais profunda quando dorme. Por isso, constatei que ele apenas fingia dormir, talvez por não me querer preocupar com o que lhe ia na cabeça ou por não querer simplesmente falar com ninguém, conseguia respeitar. Quando se trata de paixão, nós pensamos sempre que ninguém compreende o que estamos a sentir, acabamos sempre por nos isolarmos no quarto e nos pensamentos e acartar com tudo sozinhos, talvez por sermos um pouco burros, não sei, ou talvez demasiado inteligentes.
O facto era que não estava a conseguir dormir, visto o caso e decido ir dar uma volta pelo jardim da casa, no entanto, assim que olhei o jardim e o vi tão escuro, apeteceu-me ir ver mais luzes e caminhei até ao centro da cidade.
Gostava de passar por ali, era sempre muito limpo e cuidado e as árvores sempre muito floridas e grandes.
Estavam poucas pessoas cá fora, apenas via um ou outro comerciante a descarregar alimentos para armazéns. Pensei então que era o único tontinho pela cidade de madrugada mas, mais à frente, por baixo de uma árvore na calçada da beira-rio, estava um homem com umas barbas enormes, a pintar apenas com uma vela acesa ao seu lado, o que me deixou abismado. Momentaneamente pensei ser uma visão ou um espírito qualquer, mas não me sentia estranho e trémulo como quando contactava com os espíritos, por isso, não deveria ser nada sobrenatural, porém, chamou-me a atenção.
Pé ante pé caminho até ele e mantenho-me atrás silenciosamente, assim que olhei a tela, fiquei completamente perplexo. Ele desenhava uma mulher a carvão, com um vestido divinal, e extremamente parecia com a Lua, assustadoramente parecida, tanto que um sinal que a Luna tinha na bochecha, estava ali assinalado naquele desenho.
O senhor, sem tirar os olhos do seu desenho, pára por momentos:
-“É bonita?”
-“É imenso bonita!”- Digo com uma voz tão baixa que nem sei como ele a ouviu.
-“Eu também acho que é bonita, é tal e qual como a Lua, é a beleza da noite!”
-“D-desculpe?”
-“Sabes onde é que ela fica mais bonita?”
-“E- eu…”
-“Experimenta vê-la na margem do rio, vale a pena sentarmo-nos um pouco a observar, não te parece rapaz?”
-“É… s-sim de facto…Desculpe mas…”
-“Não devemos subestimar o que é bonito…”
Decidi calar-me e parar de olhar aquele retrato, parecia que estava num dos sonhos com a senhora Fuk kiu, só lá é que as coisas batem, assustadoramente, todas certo.
Com uma pequena vénia afasto-me do velho e volto a por as mãos nos bolsos, caminho então à margem do rio, pretendia sentar-me a olhar a Lua, apesar de ser um acto masoquista.
A Lua estava enorme e muito brilhante, tão brilhante que conseguia iluminar toda aquela zona plana e fresca da beira-rio, e que me permite avistar alguém que estava sentado a olhar as águas. Só quando me aproximo, noto que é um rapaz, deveria ser da minha idade, mas mais alto e corpulento.
Quando me sento ao lado dele, ele limita-se a olhar-me de lado e depois a fixar de novo as águas. Naquele gesto dele, consigo ver o seu rosto e aquele perfil soou-me totalmente familiar, já o tinha visto num sonho, e nesse sonho, ele protegia-me com a sua poderosa fúria do fogo. Tento controlar o meu entusiasmo para não o assustar, não podia acreditar que acabara de encontrar o meu elementar do Fogo.
-“Sou o Kibum. Um maluco como tu que esta com o cu fora da cama com este frio e a estas horas da noite. Como te chamas?”
-“Ah? Eu…Desculpa o quê?”
-“Sou e Kibum! E tu? Como te chamas?” – Sorrio para ele, que por fim, me encara pela primeira vez.
-“Eu chamo-me Choi Minho, prazer em conhecer-te.”
-“Estavas distraído, a pensar demais não?”
-“Talvez sim… Acho que sim!”
-“Que fazes aqui, com este frio e a estas horas da noite?”
-“Não conseguia dormir, e gosto deste local!”
-“Mas é um sítio muito frio, não sentes frio?”
-“Não tenho frio, mas sinto o frio, por isso é que eu gosto deste local!”- Diz ele, com um ar apaixonado ao molhar a sua mão grande na água cristalina.
-“Eu confesso que sou muito sensível a temperaturas!”
-“Então porque estás aqui?”
-“Se eu te contasse, provavelmente não acreditavas!” – Digo sorrindo ligeiramente, chegando-me mais a ele e imitando, mergulhando a minha mão naquela água gelada: -“ Porque não conseguias dormir? Às vezes faz bem falar com um…estranho!”
-“Se eu te contasse, provavelmente não acreditavas Kibum!”
-“Hum, então fazemos assim, eu vou te contar o motivo porque estou aqui e tu a seguir, contas-me o motivo porque não consegues dormir, veremos quem não acredita!”
Minho sorri ligeiramente, tinha um rosto incrivelmente cativante, era bonito e mostrava força, e com um sorriso, ficava incrivelmente chamativo e caloroso:
-“Combinado, acho que vais perder!”
-“Então ouve só isto. Estou aqui essencialmente porque os meus elementares da Terra e do Ar estão a fazer um mau ambiente em casa e deixam-me irrequieto e preocupado, então decidi vir dar uma volta onde encontrei um senhor que estava a pintar na calçada da beira-rio um quadro igual à minha falecida namorada comparando-a com a beleza do luar, coincidência porque a minha falecida namorada é agora o espírito da Lua e a minha guia para conseguir encontrar o meu elementar do fogo e da água, os dois que me faltam para gerar o equilíbrio do universo. Então? É credível?”
Minho olha para mim com os olhos muito grandes e admirados, um pouco chocado:
-“Cre-credivel…Então ouve o motivo porque eu não consigo dormir! Já incendiei a minha casa e matei o meu pai, já queimei o Lee Joon numa luta lá na escola, e à pouco, queimei o rapaz que eu amo, sem querer, só pelo facto de estar enervado!”
-“Então e queimaste-o como? Com um isqueiro? Deixas-te cair uma vela?”
-“Não Kibum, foi com o meu braço!”
-“O que achas de nos internar-mos aos dois num hospital para malucos?”
-“Eu acho que seria o melhor!”
-“Então achas mal Minho, eu vou-me apresentar melhor!”- Digo enquanto desenhava um pentagrama na areia molhada do rio: - “Olha Minho vez este pentagrama? Tal como ele, o universo, para que seja um universo, terá que estar em união, isto é, a terra, o fogo a água e o ar, ocupam os vértices essenciais para o equilíbrio de natureza. Faz sentido para ti?” – Pergunto enquanto colocava os símbolos de cada elemento nos vértices do pentagrama.
-“Sim, faz mas…São quatro elementos certos? O pentagrama tem cinco vértices para que é o vértice do topo?”
-“Esse sou eu, tem lugar ao elementar do espírito ou da luz, ou seja ao coitado ou ao sortudo que tem que liderar os restantes elementares e procurá-los que nem um tontinho, em cada nova era.”
-“Kibum…”
-“Bem, passando-me a apresentar melhor, sou o Kim Kibum, o elementar do quinto elemento e alguém que te procurava que nem um perdido!”
-“A mim? Espera aí! Belisca-me se faz favor, devo estar a dormir!”
-“Vais me dizer que no fundo tu não sabias que eras diferente? Especial?”
-“Especial não digo, mas assustador…”
-“Não é a querer assustar-te Minho mas ainda te sentirás cada vez mais assustador se não controlares o teu poder. O fogo é o teu elemento e eu, juntamente com os rapazes, podemos ajudar-te a cuidar desse poder, a controlá-lo para ser usado como te seja útil e não para magoar quem tu amas!”
-“Mas Kibum, tu não estás a perceber…”
-“Eu estou, não te preocupes, não tenhas medo eu…”
POV MINHO
O medo que estava a sentir com toda aquela historia que sinistramente fazia sentido para mim, piorou quando vejo o Kibum a ser como que empurrado por uma força invisível para o chão. Ele tinha os olhos muito abertos e negros, assustadores, o seu corpo parecia pedra e nem parecia respirar. Chamo por ele, mas sentia-me a falar com um boneco, tento agarrar o seu corpo nos meus braços mas estava inerte e gelado, com uma cor pálida brilhante como a de um fantasma.
-“Kibum, Kibum fala! KIBUM!”
…continua…
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Assunto: Re: A Chave do Quinto Elemento ~FANFIC COMPLETA~ 
Seg 19 Dez - 21:54:17
