Capítulo 20Uma semana depois. Dia 54 de férias. Terça-feira. Era já da parte da tarde, e os rapazes estavam sentados a jogar cartas, uns com os outros, enquanto as raparigas entendidas em hangul e tipi ensinavam a Yumi a falar em tipi.
ChanYoung, com uma flor na mão: Isto aqui é uma ‘yulli’. É como dizemos flor em tipi. E olá e bem-vindo é ‘heru-heru’ e adeus e tudo o que queira dizer adeus é ‘kahji-kashi’.
Yumi: Isto assim a dialogar não dá jeito nenhum... não dá para me ensinarem os símbolos primeiro? É que eu acho mais fácil...
SuMin, para o JongHyun: Posso ir buscar o caderno para Yumi escrever? Ou não queres?
JongHyun, acanhado: Pois... eu fiz lá coisas que é melhor não...
SuMin, curiosa: O que é que fizeste?
JongHyun: Coisas... depois logo vês... mas está feio...
SuMin, pega-lhe na mão e correm para a passagem da cascata, sem ninguém ver: Anda! Vamos ver o segredo do Jjong!
JongHyun, remexe os bolsos, nervoso: Aih... Onde raio é que pus a borracha?!
SuMin puxa o JongHyun para a cascata e ambos desaparecem. A HyunAe vê-os entrar na água e arregaçarem as calças e vestido, respetivamente, e levanta-se, aos pulinhos.
HyunAe, aponta: Ver! Ver! Dinossauro e dinossaura ver!
DongWoo: Não vamos espiá-los, não é? Deixa-os lá...
HyunAe, insistente, apesar de não ter percebido nada: Ver! ~
DongWoo, agarra-a e senta-a, que começa a espernear: Café!
HyunAe: Chofhe? (= café em tupi)
DongWoo: Chofhe! ~ Beber chofhe!
HyunAe, mostra o seu desagrado: Ohh ~
DongWoo: Tem de ser. Tens de beber café...
YoungKi, que estava perto da ChanYoung e do Onew, que estava a ver a Yumi aprender, e que estava ali como se fosse a velinha: Eu vou-vos buscar duas tigelas de café...
HyunAe: Ugki! (= obrigada)
DongWoo: Gomawo, YoungKi! Ela bem precisa de um café, está elétrica... precisa mesmo de acalmar-se, porque ela hoje está mesmo insuportável... mas não no sentido de me incomodar, por e simplesmente, quando está assim, tende a magoar-se muito mais...
Entretanto, na grutazinha da SuMin, estavam ela e o JongHyun, sentados lado a lado, na cama, a folhear o livro, e ele usava a caneta, o lápis e a borracha, e riscava uma folha que tinha arrancado do caderno.
SuMin: O que estás a fazer?
JongHyun: Hmm... nada...
SuMin, arranca-lhe a folha: Isto sou eu?
JongHyun: Como não tenho jeito nenhum para desenhar, gasto toneladas de lápis para adquirir uma forma preta no papel... até estou impressionado como conseguiste ver que eras tu...
SuMin, dá-lhe um beijo: Oh, está bonito... dá o caderno!
(este é o desenho do JongHyun)
SuMin arranca-lhe o caderno das mãos e o lápis e começa a desenhá-lo. Porém, não o deixa ver como está a ir o desenho. Passam três horas e o esboço do desenho está acabado, inclusive alguns detalhes. JongHyun tinha adormecido com a cabeça em pé. SuMin segura-lhe a cabeça e deita-o para trás, com a cabeça na almofada, o que faz com que ela se deite também, ou seja, acompanhe o corpo dele. Ele abre os olhos de repente e assusta-a.
(este é o desenho da SuMin)
JongHyun, vê as horas: Eish... já é tão tarde... e agora lembrei-me de uma coisa... –
Tosse. – A tua promessa da uma semana...
SuMin, abre muito os olhos e senta-se convenientemente: Aniyo!
JongHyun: O que foi?
SuMin: Isso é... isso... não... posso... não, não, não...
JongHyun: Não podes ou não queres?
SuMin: Não sei se consigo...
JongHyun: Claro que consegues! Não eras a primeira pessoa deste mundo! Mas se não queres, não insisto... eu tenho sido um bom menino e tenho esperado, esperar mais algum tempo não me vai matar... não é uma necessidade, é óbvio que eu gostava de dar esse passo, mas só quando quiseres e sentires preparada...
SuMin: Realmente, tens sido um bom menino, tens... há uma semana que não dizes porcaria... nada de perverso, nada de menino mau, nada de nada, de nada! Tens sido um menino exemplar. E...
JongHyun, com um brilhozinho nos olhos: E?
SuMin: Não faças essa cara!
JongHyun: Qual cara?
SuMin: Essa cara de cria de lobo domesticado fofinho, como é que vocês lhes chamam? Aqueles lobos bebés que os humanos têm...
JongHyun: Cachorrinhos? Cães?
SuMin: Cachorrinhos, é isso...
JongHyun: Não desvies o assunto! –
Olha para a cara dela, com os olhos negros a brilhar muito, quase como opalas. – Convenci-te, não foi? –
JongHyun agarra-a e abraça-a de forma ternurenta. – Eu prometo que jamais te farei sofrer. Eu prometo que a partir de agora, serás a única pessoa para a qual eu olharei de forma diferente e apaixonada, enquanto tu quiseres que te olhe dessa forma. Eu prometo que te venho buscar aqui para te levar comigo assim que puder. E prometo que a minha cabeça e o meu coração vão estar sempre contigo, até tu quereres. E eu venho-te visitar sempre, e levo-te a dar voltas de mota comigo, aos fins-de-semana que não tenha aulas, e compro-te flores e presentes que simbolizem aquilo que sinto por ti, sempre que puder. Irás ser a única pessoa que eu tocarei e olharei de forma séria na minha vida, se deixares que o seja. Eu caso contigo, eu levo-te ao fim do mundo, mas primeiro quero que saibas que me mudaste profundamente. Mudaste aquilo que eu era. E hoje sou uma pessoa diferente, graças a ti, e ao facto de existires. Agradeço-te por me mimares e amares, como eu te amo e mimo. Mas sobretudo, obrigada por me teres feito perceber o desvairado e leviano que eu era, e por me teres ajudado a perceber que podia ter perdido os meus amigos, com os meus comentários estúpidos...
SuMin, mete-lhe o dedo em frente aos lábios dele, para o calar: Não digas mais nada, que também não digo. Vamos apreciar o silêncio, enquanto não o estragamos. Se estás disposto a avançar, então, acho que também estou. Mas vai com calma. Não me faças arrepender.
JongHyun: Prometo que isso não vai acontecer.
SuMin, dá-lhe um abraço e um beijo: Gomawo...
JongHyun abraça muito a SuMin e beijam-se de forma apaixonada, enquanto se deixam levar pelo que sentem, e lentamente, sem nenhum deles interromper os beijos apaixonados que não deixavam os lábios deles se descolarem, vão tirando as peças de roupa, uma a uma. Assim que o JongHyun tira o vestido à SuMin, ele interrompe.
JongHyun: Tens mesmo a certeza que queres isto?
SuMin, abana a cabeça afirmativamente: Deh.
JongHyun e a SuMin libertam os dois um sorriso aberto e feliz um para o outro, e continuam a fixar-se no olhar um do outro, contrariando o facto de que estavam quase nus, e o JongHyun tira um objeto do bolso das calças. Um dos seus milhentos preservativos. Pousa-o em cima da cama, e continua a beijar a SuMin. As mãos dela tremem, enquanto lhe tira o cinto das calças. Ela não consegue deixar de tremer, porque não faz a menor ideia do que a espera por detrás do tecido. Ignora esses pensamentos e continua a beijá-lo, e a desabotoar as calças. Felizmente para ela, ainda têm roupa vestida. Chega o turno do JongHyun de tirar-lhe uma peça de roupa, e de a despir por completo. Ela está tímida, mas sabe que terá de o fazer se quer prosseguir – e de facto quer. E sabe ainda que ele também se exporá a isso mesmo. Por isso, entra dentro da cama dela e guarda um espaço para o JongHyun. Entram os dois na cama improvisada, feita de um grande colchão bastante confortável, de seda e penas. Tapam-se e o JongHyun segura na pequena embalagem quadrada e em vácuo. Mas pousa-a no chão. Viam-se reflexos dourados, prateados e azulados. E enquanto se viam esses reflexos, o JongHyun apertava a SuMin contra ele, ainda “vestidos”, mas quase como que uma garantia que não deixaria que nada de mal lhe acontecesse. Ele separa-a de forma lenta e carinhosa, não deixando que ela se sentisse mal ou arrependida, mas apenas dizendo de certa forma, que iriam mesmo prosseguir, e que aquele era o momento, caso pretendesse desistir. Mas ela, lentamente, desceu um pouco a bainha dos boxers dele, provando uma vez mais que estava pronta. Apenas um pouco receosa, porque era uma nova experiência, e porque ia ser especial, ou pelo menos, deveria. O JongHyun, ao sentir os dedos dela rastejar lentamente pela pele dele, faz com que sinta um ligeiro arrepio na pele. Tira os boxers, e a SuMin olha para baixo e perde a timidez, tirando as mãos da frente do peito, que o JongHyun tinha despido há minutos. Mais uma peça de roupa voa, ficando os dois completamente nus. Ela recebe um abraço, e sente uma impressão, que acaba por deixar de ser incomodativa. O JongHyun aperta-a contra ele, e abraça-a e dá-lhe pequenos beijos, enquanto prosseguem, mas o facto de estarem de frente um para o outro, e estarem de lado, não facilitava em nada. O JongHyun deita-se de costas e leva o corpo da SuMin para cima dele. Ela estava com os olhos fechados, e ele dá-lhe um beijo, que faz com que ela abra os olhos, enquanto ele segura na cintura dela e a traz cada vez mais ao encontro do corpo dele. Ela puxa-o para ela e tenta ao máximo silenciar-se ao beijá-lo, e ele faz o mesmo, apesar de deixarem escapar muitos gemidos. JongHyun e SuMin estavam os dois um sobre o outro a olharem-se olhos nos olhos, com uma expressão feliz no olhar, e um sorriso nos lábios, enquanto impediam a saída do som com os beijos. JongHyun roda o corpo e rebola, deixando a SuMin sufocada entre ele e o colchão que ela mesma tinha feito. Ela apertava o tecido com as mãos, com força, ignorando a impressão e a dor que sentia, mas que deixava de sentir, assim que se acostumava. O colchão tinha uma pequena mancha vermelha, mas nada que depois não se pudesse limpar. JongHyun dá um último beijo à SuMin, e exerce mais força e pressão sobre ela, e ela começa a reproduzir uma grande variedade de sons, assim como ele. O suor escorria pelas costas e pelo peito de ambos, mas nenhum deles se parecia importar com isso, apesar de ser um suor incomodativo. Dão suspiros longos e o JongHyun sai de cima da SuMin, dando-lhe espaço para respirar, e retirando o preservativo. Após se livrar do preservativo, veste os boxers apressadamente, para a cama não perder o seu calor, e volta a deitar-se junto à SuMin, que o abraça.
SuMin: Jjong... eu...
JongHyun: Diz… o que se passa? Magoei-te?
SuMin, esboça um grande sorriso: Aniyo!
JongHyun: Então o que se passa?
SuMin: Saranghae ♥
JongHyun, lança-lhe um olhar sedutor: Sabes que mais?
SuMin, agarra-se mais a ele: Diz…
JongHyun: Também sofro disso, chamado amor... e adivinha só! Foste tu que me pegaste esse vírus...
SuMin: O que é um vírus?
JongHyun: É aquilo que te faz ficar doente, é aquilo que tens dentro de ti e que te faz adoecer. E o meu vírus és tu, e agora sinto amor.
SuMin: Mas isso é bom!
JongHyun: Vais ter de cuidar muito bem de mim, porque com tanto amor perto de mim, vou morrer, e quero que me faças feliz até ao resto da minha vida, mesmo que morra por ti, ou por causa de ti.
SuMin: Eu não sou médica...
JongHyun: Não interessa, sabes cuidar bem de mim, e isso é que importa... se cuidasses mal, nem tinhas o direito de me tocar, mas tu és um amor, e eu até ficava irritado se não me tocasses... por isso...
SuMin: Jjong… tenho de me ir vestir, sinto-me desconfortável...
JongHyun, beija-lhe o pescoço: Queres que me dispa de novo também para ficares mais confortável? Não tenho problemas!
SuMin, deixa-se seduzir, mas afasta-se e veste a sua roupa interior: Jjong, vá lá...
JongHyun cede e liberta-a. Ela salta do colchão e veste-se e ele fica a brincar com o cabelo comprido dela e a trança desfeita enquanto ela se acaba de vestir. JongHyun puxa-a para trás e abraça-a, caindo os dois de novo no colchão. Ele beija-a. Mas ela levanta-se e entrega-lhe as roupas para ele se vestir. Ele veste-se, entediado, e levanta-se e leva-a às cavalitas até junto dos outros. Ele nem ajeitou o cabelo, ficando com um ar de quem acabou de acordar. Nem quis saber disso. Saem da gruta e vão para junto dos outros, que estavam todos juntos agora. Eles iam jantar todos juntos, as índias, os rapazes, e a Neko.
DaeSung: Bem-vindos, desaparecidos!
DongWoo, a picar o JongHyun: Quase que aposto que sei o que é que vocês andaram a fazer algures... não é, Jjong?
JongHyun, chateado pelas insinuações: Estejam calados mas é! Isso são coisas minhas e da SuMin...
MinHo: Está dito...
Key: Agora vocês foram mauzinhos, rapazes... são coisas deles, há que respeitar e não comentar. Quando foste tu, MinHo...
MinHo: Eu o quê?
Key: Não te dissemos nada quando foste tu. Por isso, para quê implicar com o JongHyun? Se não gostamos que nos façam isso, não fazemos aos outros, não é verdade?
Onew: Exatamente. Concordo com o Key.
MinHo: A minha boca está fechada.
JongHyun, com ar brincalhão, mas um bocadinho zangado com o comentário, goza com o MinHo: Se a abrires de novo, os teus dentinhos lindos ganham asas! E depois ficas com mais cara de velho do que aquela que tens... não, é assanhado?
MinHo: Tinha saudades de ser
troll, não tinhas?
JongHyun, senta-se ao pé dele e dá-lhe um carolo: Tinha sim!
Key: Jjong! Já que passaste a tarde toda fora, vai fazer o jantar! Também mereço um bocadinho de folga, ou não?
Kai: Pelo menos não metem o Onew na cozinha...
Onew: O que é que tem?
TaeMin: O jantar é frango. E tu comia-lo se fosses tu a cozinhá-lo.
Kai: E não era só isso! Ias partir os pratos todos! Tocavas neles e eles tornavam-se sangtae! E depois aparecia lá a ChanYoung e ainda te tornavas mais sangtae!
Onew, ignora-os: ChanYoungie!~ Vamos roubar o frango!
ChanYoung, agarra-o pela cintura: Agora não. Agora eu vou-te roubar muitos beijinhos... isto é, se me deixares... Deixas?
Onew, encosta os lábios aos dela: Força nisso...
Kai, goza com eles: Que mal é que eu fiz a deus para ter de levar com uma carrada de casais no marmelanço enquanto eu estou sozinho?!
Neko, sussurra-lhe ao ouvido: Ouve lá... tens-me a mim!
Kai: Mas nós somos só amigos, lembras-te?
Neko: Amigos coloridos, queres tu dizer...
Kai: Eu acho que não te consigo beijar em público por enquanto...
Neko: Porquê?
Kai: Porque eles vão dizer algumas coisas, vão comentar, sei lá!
Neko: Mais alguma razão?
Kai: Sim! És demasiado viciante... és extasy pura!
Neko, mais próxima dele, de forma atrevida: Isso é porque ainda não viste o meu outro lado... eu consigo ser muito pior...
Kai: Acho que nós, os rapazes, devíamos repensar o título de assanhada... ou podes ser uma sasaeng. A minha sasaeng.
Neko, espantada: Sasaeng? Tu és doido... –
Ri-se. Gosto disso... eu sou um bocado estranha, não sou?
Kai, no gozo: Só mesmo um bocado... mas é isso que eu gosto em ti. És completamente diferente das outras raparigas.
Neko: Oh~ Tu és mesmo querido às vezes... quando queres!
Kai: Eu só não era querido dantes porque recusava a atração que temos um pelo outro, e queria que essa atração deixasse de existir. Mas embora nunca tivesse demonstrado, eu sempre me preocupei contigo.
Neko, ainda mais espantada: A-a sério?
Kai, vira-se de caras para ela e tira-lhe o cabelo da cara, que ela deixou cair propositadamente: Estás a corar! –
Dá-lhe um beijo na bochecha.Mal ele lhe dá um beijo na bochecha, todos os rapazes começam a olhar, e as respetivas namoradas, incluindo TaeMin, que já estava com a Momo. Eles deslocam-se todos dali para fora, e eles apercebem-se. Neko ri-se sem imitir som, apenas sorri abertamente, e o TaeMin faz gesto para eles continuarem os dois. O Kai olha para eles todos a irem-se embora e senta-se convenientemente, pois ele tinha-se posto de joelhos, em frente à Neko. Os outros casais – menos o JongHyun e o DaeSung, que estavam a grelhar a carne com as namoradas perto deles – deslocam-se para outro sítio, dando privacidade ao “recente casal”. Kai e Neko aproveitam que todos fugiram e ela agarra-se a ele, e solta o cabelo, que tinha preso. Com esse gesto, beija-o com ternura e ele a ela. Nesse momento, os rapazes e as índias que estavam a grelhar a carne para o jantar percebem o que se passa e ficam a olhar muito para eles.
JongHyun, baixo para o DaeSung: Com que então, era cabeça de arbusto para aqui e para acolá, e miss ulzzang shidae a torto e a direito! Olha só agora! Mais enrolados que o Onew quando se embrulha todo em cordas e assim! Eu não fazia a mínima que eles andavam...
DaeSung, percebe o que tinha passado no dia em que o Kai ficou bêbedo: Pois nem eu... mas tenho a impressão que aqueles dois... não é assim tão recente... ou pelo menos, gostam um do outro há mais tempo do que aquilo que pensávamos... aliás, não pensávamos...
JongHyun: Porque é que dizes isso?
DaeSung: Porque no dia em que o Kai ficou bêbedo, ele disse-me para me afastar da Neko, e realmente, nessa noite, tínhamos ficado a falar um bocado mais, depois de vocês terem ido dormir. E acho que a partir daí... ela nunca me confirmou, mas acho que é isso.
JongHyun: Achas que eles falaram sobre isso, ou assim?
DaeSung: Eu diria... mais do que falar, porque no estado que a Neko andava... acho que eles se beijaram ou assim...
JongHyun: E isso é mau?
DaeSung: Talvez... olha, não sei. Se ela não gostasse dele, podia ter sido isso. Ou se ele tivesse feito outra coisa qualquer.
JongHyun: Pois... Isso seria mau. Mas se eles estão felizes, deixa-os estar! Vamos mas é continuar a tratar da comida...
Nesse momento, eles viram costas, tendo o casal não se apercebido de nada. Kai e Neko acabam o beijo inocente e riem-se um para o outro.
Kai: Gosto desses teus lábios. São carnudos...
Neko, ri-se: Olha que os teus também não ficam longe! São ainda mais bonitos... São enormes e lindos... dão vontade de beijar...
Olha fixamente para os lábios dele e voltam a encostar as bocas uma à outra. As línguas deles voltam novamente a dançar juntas, e ela abraça-o enquanto se beijam. Eles param o beijo pouco depois e olham para trás, e apanham os dois rapazes, a Nena e a SuMin fixados neles.
Kai, na brincadeira: Nunca viram?!
DaeSung: Eu sabia! Eu sabia que vocês dois...
JongHyun: Exato. Vocês perceberam. Agora arranjem um quarto!
Kai, irritado: Se contribuíres com uma embalagem de preservativos... ou gastaste-os todos há bocado?
Neko: Isso agora foi desnecessário...
JongHyun: Pronto, desculpa Kai... Não era minha intenção-
Kai: Pois, está bem, mas eu também fui um bocado estúpido... mas esse teu comentário-
JongHyun: Era no gozo!
Kai: Pois, está bem... olhem... e o jantar?
SuMin e Nena chamam as índias com um chamamento.JongHyun: Que raio de coisa foi essa?
SuMin, explica: É para elas virem comer ou virem ter connosco. Elas percebem. E os rapazes vêm também. Porque vêm com elas.
JongHyun: Hmm... está bem então.
Os rapazes colocam a carne pronta dentro de um recipiente, cortada, e fazem uma panela com arroz em cima do fogão a gás. Mas o arroz fica demasiado líquido, e por isso, só o podem comer com colher. Os outros chegam e sentam-se à volta. Os oito casais. E a Yumi. Servem-se todos e comem o arroz à colherada. Estavam todos calados a comer.
TaeMin, quebra o gelo: Este arroz é bom... assim solto e meio líquido... eu acho que está bom... e vocês?
DaeSung, concentrado na comida: Está bom...
TaeMin: E tu, Onew, como está a carne de frango?
Onew, enquanto mastiga: Está boa...
TaeMin, ergue a voz: Porque é que ninguém fala? Este silêncio sem motivo aparente já enjoa! Porque ninguém fala?
JongHyun: Eu cá estou à espera que alguém faça um comunicado... não é, senhor Kai? –
Pigarreia – Estamos todos à espera!
Kai: E o que é que queres que eu diga? –
JongHyun faz um sinal com a cabeça, subentendendo a palavra ‘Neko’. – Não... nós não...
DaeSung: Não foi isso que os meus dois olhos viram!
Kai: O que é que vocês andam a tentar dizer? Eu e ela somos amigos! Mas... é um tipo diferente de amigos... mas nós não namoramos, hem? Somos só amigos! Amigos!
TaeMin: Eu acho que são mais amigos coloridos...
DongWoo: É que são mesmo coloridos! Olha lá, todos vermelhos!
Neko, ri-se e descai a cabeça: Vêm como sabem?
Onew: Parabéns, Kai e Neko!
Kai: Eu acabei de dizer que não namoramos...
Onew: Mas fica sempre bem um gesto simpático... ou não? Além do mais, vocês os dois, sendo namorados ou não, não interessa, o facto de estarem felizes é motivo para celebrar.
TaeMin: Isto merece mesmo uma comemoração...
Neko, goza com o Kai: O quê? O facto de me ter tornado lésbica?
Kai, encosta a boca à dela e fá-la recuar: És tão engraçadinha...
Neko, agarra-o pelos colarinhos: Vê lá! Até parece que não gostas!
Kai, tenta chegar mais perto dela: Ninguém disse o contrário...
Neko, desvia a cara: Não disseste, mas pensaste...
Kai faz beicinho para a Neko, que lhe responde com um mehrong e outro beicinho. Ela faz um rabo de cavalo novamente e compõe as roupas que tinha vestidas. Por mais estranho que parecesse, ela estava vestida totalmente de cor-de-rosa, apenas umas calças em forma de balão e uns brincos que ela tinha eram pretos, e por mais estranho que parecesse, o Kai estava todo vestido de preto. Pareciam duas pessoas completamente diferentes. E essas duas pessoas nesse momento encostavam timidamente os lábios, unindo-os, resultando num beijo tímido, que ganhou vivacidade, cor, e se tornou fogaz. Os rapazes começaram a olhar para eles os dois, demasiado cúmplices para o título de amigos coloridos. Ele tinha vontade de mandar o coração fora através da boca, e a respiração acelerava, e sentia que não conseguia parar. E ela “comandava-o” através das suas ações, mas ela sentia-se um bocado tímida também. Porque estavam em frente dos outros. O Kai senta-a no colo dele e param de se beijar, começando a falar um com o outro e a brincarem um com o outro, esquecendo que tinham pessoas à volta.
(as roupas da Neko)
(as roupas do Kai)
Key: Quem quer um café? Eu vou aquecer água, por isso... se alguém quiser... basta dizer.
HyunAe: Chofhe?
DongWoo: Deh.
ChanYoung, boceja e deita-se com a cabeça sobre as pernas do Onew: Eu não… gomawo, Key... Queres, Onew?
Onew: Não... depois não durmo como deve ser... é melhor mesmo não beber. Nem isso, nem mais nada do que está para aqui...
TaeMin: Relaxa, hyung, bebe um bocadinho de álcool, não te vai matar... Nós não vamos a lado nenhum senão para as nossas tendas, e elas para as tipi delas, por isso...
Momo, impede-o de tocar no álcool: Foi à conta dessa coisa que ficaste bêbedo, e o teu irmão também... por isso, não relaxes com álcool, dá mau resultado aos Lee, por isso, o Onew faz bem em não beber, e os outros igual. Se queres diversão, vai a uma montanha russa. Vomitas menos. E apesar de ser mais caro, lembras-te da diversão e não acabas magoado ou com dores. Ou sempre podes divertir-te sem gastar dinheiro com bebidas ou montanhas russas...
TaeMin, espantado e simultaneamente chocado: Isto que tu dizes é o que eu estou a pensar que é? Tu já bebeste quantos copos?
Momo, ligeiramente incomodada: Não sejas tolo e perverso... não é nesse sentido! É só que tenho saudades de estarmos juntos, mas só os dois, a fazermos coisas juntos, a divertirmo-nos, como na vez da praia...
TaeMin: Está bem... eu... esquece. Não vale a pena. Mas eu também tenho muitas saudades desses nossos momentos... temos de repetir mais vezes aquela noite na praia...
Momo, acena com a cabeça: Hm hmm...
Nesse momento, um casal levantou-se e deitou-se longe dos outros, a olhar para as estrelas. Esse casal eram a ChanYoung e o Onew. Mas de repente, apareceu um esquilo, que assustou o Onew. O pobre animal começou a roer uma bolota e parou em frente dele.
ChanYoung: É só um esquilo... tem calma...
Onew, olha bem para o esquilo: Hmm... este animalzinho assustou-me! Mas ele até que é fofinho... mas assustou-me duma maneira... fogo, só vi uma coisa hipersónica a correr, parecia quase o MinHo em ponto pequeno...
ChanYoung, ri-se: Ele deve ser domesticado por alguma índia, ou assim... se calhar gosta do nosso cheiro. A minha irmã é que anda sempre por aí a brincar com todos os animais que lhe aparecem à frente... e se calhar o cheiro é-lhe familiar, por isso parou.
Onew, ri-se: Achas mesmo? Os esquilos são animais inteligentes, mas são selvagens... ele pode ter sido domesticado...
ChanYoung: Ou pode ser como o HongJi e gostar de casais... pode ser um viciado em amor, como o porquinho da índia da SuMin. Nunca se sabe... e por falar em HongJi... lá vem ele!
O pobre animalzinho começa a correr na direção da SuMin e ela levanta-se e prepara-se para agarrar no animalzinho, quando ele se apercebe da presença do esquilo e começa a chiar na direção do outro animal, que estava a comer em frente à ChanYoung e ao Onew. O outro animal largou a bolota e começaram a interagir amigavelmente.
ChanYoung, empolgada: Oh, que fofinhos!
Onew: Fala mais baixo, podes espantar o esquilo…
ChanYoung: Tu gostaste dele?
Onew: É querido...
ChanYoung estende a mão ao pequeno esquilo e ele cheira-lhe a mão, curioso. Ela estende a outra e ele volta a cheirar-lhe as mãos, e dá um pulinho para as mãos dela. Ela faz-lhe cócegas na barriga e ele continua a roer a sua bolota. Ela mete-o no chão e ele vai-se embora, mas volta pouco depois com uma noz. Parte a noz com os dentes e as mãos e come a noz. ChanYoung olha outra vez para o animalzinho e ele cheira-lhe as mãos e trepa por ela a cima. HongJi cheira a casca da noz vazia e corre para a dona.
Onew: Que fofos!
ChanYoung, dá uma festa ao esquilo: Hodu~
Onew: Noz? (hodu é noz em coreano)
ChanYoung: Sim! Podemos ficar com o Hodu, não podemos?
Onew: Sabes lá se alguém da tribo não é dono dele...
Entretanto chega o SiWon, saído da tribo, e começa a olhar para todos os lados. Vê a ChanYoung e o Onew entregarem o esquilo à SuMin, para ela o libertar novamente na natureza.
SiWon, grita: Gaeam!~
O Onew e a ChanYoung viram-se para trás, assustados com o grito. O esquilo põe-se em pé apoiado nas patas traseiras e chia.
ChanYoung: Esse esquilo é teu?
SiWon: Não, é do JiHo, mas ele fugiu... esse Gaeam é um selvagem! Ele tinha avelãs para comer, e mesmo assim, fugiu. Ele estava perto do chão, então quando apanhou a tipi aberta, desatou a fugir... é o que dá esta minha irmã não estar em casa, e o JiHo andar com a cabeça nas nuvens, e... MinNeul!
MinNeul, que estava longe, com o MinHo: Que foi?
SiWon: Já é tarde... não devias andar a estas horas pelo bosque... muito menos com um forasteiro...
MinNeul: Mas ele não é um forasteiro qualquer! Ele é meu-
SiWon, aproxima-se deles: Não interessa, há quase dois meses que não chegas a casa a horas decentes! Uma vez na vida, obedece-me! Tens todos os dias deste mundo para estar com ele! Vá, anda!
MinNeul: Não quero, oppa! Não és o appa, por isso não me digas o que fazer! Quero ficar aqui! Quero aproveitar todo o tempo ao máximo...
SiWon: Quando casares com ele, tens tempo disso...
MinNeul e MinHo, chocados: Casar?!
SiWon: Não digo agora, depois, no futuro...
MinNeul: Que alívio... mas deixa-me estar mais um bocado com eles... vá lá, oppa! Deixa lá... Eu prometo que não chego muito tarde...
SiWon: Pronto, fica lá...
SiWon, desloca-se dali para fora, mas antes de ir, vai para a frente do Onew e da ChanYoung com uma cara bastante séria. Eles olham um para o outro com cara séria e desviam o olhar para o SiWon.
SiWon: JinKi. Tenho um pedido a fazer-te.
Onew, com cara séria: Que pedido?
SiWon, esboça um sorriso: Cuida bem da ChanYoung por mim. Eu sei que és tu que estás destinado para a fazer feliz, por isso, faz isso. Fá-la feliz. Cuida dela e ama-a. Eu sei que o farás bem. –
SiWon desloca-se para a zona do rio, que estava vazia, mas uma mão impede-o.ChanYoung, estende-lhe a outra mão. Tinha uma pedra em forma de coração, que o SiWon tinha feito e colorido, e que ele tinha uma igual: Sendo assim, fica com isto. Não devo ser eu a usá-lo, porque a mulher dos teus sonhos anda algures à tua espera. Guarda-o para aquela que será a tal. Eu sei que é o melhor a fazer. Por isso, guarda-o.
SiWon: Se assim preferes, eu fico com ele.
SiWon sai de perto deles e leva com ele dois corações de pedra, um bem junto do peito, e um na mão. E leva também o esquilo com ele. Entrega-o ao JiHo, que estava à porta da aldeia, e segue para o rio. A cara dele brilhava. Eram algumas lágrimas. Yumi saiu de perto dos outros, sem ninguém se aperceber, e foi falar com o SiWon. Ele estava sentado perto da passagem para a praia fluvial, rodeado de arbustos e plantas e ela sentou-se ao lado dele. Ele tinha a mão ferida de pressionar muito o coração de pedra na mão, pois era uma pedra esculpida e afiada. A pedra outrora prateada tornara-se cor de sangue, e a mão estava cheia de sangue. A Yumi viu a mão naquele estado e rasgou uma pequena tira de vestido, para lhe fazer um curativo. Tirou-lhe a pedra da mão e lavou-a, adquirindo novamente a cor prateada. Pô-la ao pescoço acidentalmente, e lavou-lhe a mão. O SiWon acordou do transe.
SiWon, apercebe-se da dor que a pedra lhe tinha provocado na mão, e apercebe-se que ela está a usar o colar: Porque é que o estás a usar? Esse colar é especial! Não é qualquer um que o pode usar!
Yumi, em hangul: Desculpa, mas só não queria que ficasse coberto de terra enquanto não estivesse seco, e eu perguntei onde querias que o pusesse, mas não disseste nada, por isso meti-o ao meu pescoço...
SiWon: Está bem... não faz mal... –
Pensa. – Mas porque será é que eu disse que não faz mal? Isso é para uma pessoa especial! Espera! Será um sinal? Ou queres ser especial? –
Pára de pensar e geme com dores, devido aos cortes profundos na mão. E porque a Yumi está a tentar limpar a mão, ao molhar com água.Yumi: Tem calma, isto já vai passar. Vou só enrolar o tecido à volta da tua mão... para evitar que sangres mais.
SiWon: Kasamnida. (= obrigada)
O SiWon olha para ela e procura respostas quanto ao facto de ela usar o colar naquele momento. O que se passava para ela usar o colar e não o devolver? Talvez apenas se tivesse esquecido, pensava ele. Mas, e se não se tivesse esquecido, e o estivesse a usar naquele momento por outra razão? Achava o colar bonito? Queria que ele tivesse um significado e que lhe pertencesse futuramente?! O SiWon olhava para ela a enrolar um bocado do seu vestido na mão dele. Não seria mais fácil terem ido à aldeia fazer um curativo? Ou ela planeava ajudá-lo para obter algo em troca? A mente dele estava cheia. Mas nada tinha passado na mente dela. Foi apenas instinto. Ele estende a mão em direção do peito dela. Ela levanta a vista e desvia-lhe a mão, assustada.
Yumi, a tremer: O que... é que ias fazer?
SiWon: Ia reaver o meu colar. Não tenho culpa que o tenhas posto em contacto com a tua pele... podias ter posto da parte de fora do vestido.
Yumi: Mas tu disseste que não fazia mal... depois eu ia devolvê-lo, mas ele continua molhado... só não quero que o estragues, se é importante para ti. E não quero que o apertes na mão e te aleijes. Por isso é que não te devolvo por enquanto.
SiWon: Não interessa, eu quero-o agora!
Yumi: Mas SiWon-
SiWon, agarra-lhe os pulsos firmemente, saindo mais sangue da ferida: Dá-mo agora! Ele é demasiado importante! Por isso, não podes ficar mais um momento que seja com ele...
SiWon tenta chegar ao colar, e desequilibra-se e provoca a queda de ambos. Os colares tocam-se, apenas com a roupa como barreira e o SiWon cai desamparado em cima da Yumi. Ele tenta levantar-se e ouve zumbidos que o impedem de mexer, e rebola para dentro de água. Yumi vê ele afogar-se lentamente sem se conseguir mexer e não faz mais nada senão mandar-se para a água também. Ele deixa de destapar os ouvidos e abre os olhos, mas a profundidade do rio naquela zona era demasiada. Fecha os olhos. Mas vê-se uma mão e um corpo aproximar-se dele. Yumi, apesar de não saber nadar lá muito bem, tenta salvar a pessoa que a salvou quando ela foi acolhida na tribo. E em todos os cantos da floresta, ecoa um uivo. O Gyeoul estava por perto e farejou o SiWon. E farejou sangue dele.
MinNeul, que estava com a cabeça sobre o tronco do MinHo, levanta-se e olha à volta: Gyeoul!~
MinHo: O que se passa com o Gyeoul?
MinNeul: Não sei, anda!
A MinNeul e o MinHo vão a correr, a seguir os uivos, e as outras índias apercebem-se e vão com os forasteiros até ao local onde o lobo estava, que era da outra margem do rio. O animal direciona o nariz para a água. A ChanYoung e o Onew, que eram os únicos que tinham visto o colar, vêm-no caído no chão e olham para a água.
ChanYoung: É o SiWon. Aquele colar...
MinNeul, prepara-se para saltar na água: Eu vou!
MinHo, impede-a: O teu ombro ainda não está em condições...
Nesse momento, vêm uma cabeça negra com cabelos a flutuar na água surgir por entre a água. E eis que surgem os dois. SiWon inconsciente, e Yumi, a nadar sem ter pé, quase a perder as forças. Os rapazes ajudam a trazê-lo para fora. Ele era muito magro, mas muito musculado, o que o tornava pesado. Tiraram-no da água. Ele não respirava, mas a Yumi aproximou-se dele e começou a bater-lhe na cara.
Yumi: Ireona~ Raio de sol, acorda!~ Não queres que te faça respiração boca-a-boca, pois não? Por isso, acorda! Acorda! ACORDA~
Yumi deixa descair a cabeça e mede-lhe a pulsação. Volta a gritar-lhe, mas nada. Ele não responde a qualquer grito ou chamamento. Então ela começa a pressionar-lhe o peito e a respirar para dentro dele. Os rapazes e as raparigas não sabem o que devem fazer, até que ele deita água que tinha engolido previamente pela boca. Aí todos ficam descansados e Yumi adormece com o cansaço. Todos somem e deixam novamente o SiWon e a Yumi sozinhos. Ela está toda encharcada, assim como ele. Ele aí percebe que a dívida de ambos está paga, mas que ela poderá não pensar dessa forma. Então, ele carrega-a ao colo, após ter recuperado as forças. A tipi deles dividia-se em três. Uma parte para os pais, uma para ele e para o JiHo, e uma para a MinNeul, que agora era para a Yumi também. A MinNeul estava ainda na parte de fora da tipi, com os rapazes e as outras índias, permitindo ao SiWon entrar na tipi delas. Deita-a na cama e tapa-a, e ela acorda, quando sente um par de mãos, no meio do escuro, encostarem-se às suas pernas.
Yumi, alarmada: Quem és tu? O que aconteceu?
SiWon: Raio de sol. Tu adormeceste e eu trouxe-te para a tenda.
Yumi, senta-se na cama, inquieta: SiWon? Adormeci como?
SiWon, acende uma vela: Adormeceste depois de teres salvo a minha vida. E não te consegui agradecer ainda. Mas obrigada. Agora estamos quites. Salvámos a vida um ao outro.
Yumi: Oppa...
SiWon: Diz.
Yumi: Tenho o teu colar. Ele caiu. Ou melhor, tenho os dois.
Yumi mete o colar à volta do pescoço do SiWon. Ele inclina-se e tira-lhe o outro colar das mãos, colocando-o no pescoço dela.
Yumi, confusa: Não disseste que este colar era especial?
SiWon: Era e é. Mas agora, é especial por outros motivos. É especial agora porque me salvaste a vida, e nunca vou esquecer isso, mesmo que estejamos quites. Podemos sempre nos salvar mais vezes, não é? Por isso... toma. Já que gostavas tanto dele, agora é teu.
Yumi: Hmm, está bem, oppa. Até amanhã. Vou dormir. Se me dás licença... preciso de mudar de roupa... não vou dormir ensopada, não é?
SiWon, em transe.Yumi, envergonhada: Eu não me vou despir à tua frente, ou vou?
SiWon, passa a mão pelo pescoço e sai: Desculpa, até amanhã...
Yumi, acena-lhe e sorri: Até amanhã...