Penso que é o maior capítulo que já escrevi nesta História. Mas pronto, eu dei o meu máximo neste capítulo... Agora, desculpem-me, mas não devo postar o próximo tão cedo como este. O meu avô está.. no Hospital mesmo muito mal, e eu não tenho mais disposição para escrever. Pelo menos, por algum tempo.
Espero que gostem deste capítulo, dei mesmo o meu máximo.
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Capítulo 7"É isto a vida real?" Os minutos iam passando rapidamente, e o olhar do Kai não se desviava dos olhos da TaeYeon. O DongWoo ao ver que ambos estavam assim tão íntimos afastou-se lentamente. Ele adorava o seu amigo, mas seria ele um
'come todas'? Isso era o que ele temia, mas decidiu correr dali para o seu quarto. O loiro deixou as sandes na mesa e deitou-se bruscamente na cama sem tirar o pensamento daqueles dois. O seu coração parecia sair do seu peito, porque apesar de ele embirrar imenso com a irmã, ele amava-a muito. Ele sempre a protegeu de tudo e de todos quando ela precisava.
FlashbackA TaeYeon estava no seu quarto, sentada na cadeira com os braços e a cabeça sobre a sua secretária. As lágrimas não caíam, era como se só chorasse por dentro, parecia que estavam a devorar-lhe o coração. O seu avô tinha acabado de morrer e o seu choque era enorme, talvez por isso é que não conseguia chorar para se sentir mais aliviada. A rapariga virou a cabeça e viu o rosto do seu irmão mesmo à frente dela e retribui o sorriso dele.
"E animares-te TaeTae?" Ele começou a fazer beicinho.
"Como? O avô.." O loiro pôs a sua mão sobre a cabeça da irmã e despenteou-a enquanto se ria. "Oh murcão.."
"Murcão mas tu adoras-me na mesma!"
"Não adoro nada! Eu não gosto de loiros!" Ela riu um pouco na brincadeira.
"Eu também não e tenho de comer." Ele apontou para a foto da ex namorada que era loira fazendo a sua irmã rir imenso. Ele era sempre capaz de a animar, em qualquer situação.
Fim do FlashbackEnquanto tudo isto passava pela sua cabeça, o Niel aproximou-se dele, uma vez que estava preocupado. "Estás bem hyung?"
"Hum.." O rapaz virou a cabeça na almofada. "Estou só cansado." Ele estava a tentar não pensar tanto naquilo até que ouviu alguns risos.
"Aqueles boxers são teus?" O Niel pôs a mão à frente da boca tentando não rir.
O loiro levantou-se rapidamente e viu os seus boxers dos ursinhos colados na porta do quarto. "YAH!!!" Os dois irmãos que estavam já na cama não aguentaram mais e desataram a rir ás gargalhadas. O DongWoo ao reparar que tinham sido eles, atirou-lhes uma almofada sentindo-se bastante irritado. "AISH! VÃO PAGÁ-LAS!"
Ainda nos balneários, os pensamentos da TaeYeon eram cada vez mais fortes, ela tentou lutar contra eles, mas acabou por colar os seus lábios aos do Kai. O corpo do rapaz estremeceu todo enquanto sentia as suas bochechas a ficar muito vermelhas. Antes que ele começa-se a mover os meus lábios inexperientes, o treinador SeungHo, agarrou-o pela orelha fazendo-os separar um do outro. "Sabem que isto não é permitido?" Ele puxou-o consigo. "Se o director vos tivesse apanhado, podiam ter sido expulsos! Cuidadinho!" O Kai nem ouvia o que o treinador dizia até que lhe deu uma enorme chapada nas costas. "Vai para o teu quarto, agora!"
A TaeYeon tinha ficado para trás encostada à parede enquanto tocava nos seus lábios com o dedo.
"Eu beijei-o o mesmo? Ele deve odiar-me.." A sua cabeça baixou-se lentamente, tentando puxar as lágrimas para trás.
"TaeYeon unnie?"
A rapariga levantou a cabeça e olhou em frente. "Hara? Que estás aqui a fazer?"
"Isso pergunto eu!" Ela agarrou a mão da amiga. "O jantar já está frio!"
"Espera! Eu ainda nem me vesti.." Ela suspirou um pouco.
"Eu tenho aqui o teu saco." Ela levantou o braço mostrando-o. "Vestes-te lá, é tarde." A TaeYeon seguiu-a até ao quarto ignorando a fome que tinha.
"Onde andavas?" A Krystal e a IU olharam para a amiga preocupadas enquanto a JiHyun estava já a dormir na cama.
"Treinei até tade.." Ela suspirou e começou a comer depressa.
Floresta, 0:05O seu rosto tinha alguns cortes, vestia um casaco preto todo rasgado e a sua mão direito parecia estar em carne viva, não tinha mesmo pele na mão, mas o seu olhar despertavam uma paz enorme no MinSoo e na rapariga que se encontrava atrás do amigo, assustada. Por muito que o rapaz acreditasse em espíritos, era a primeira vez que olhava nos olhos de algum. O homem não lhe era estranho, de facto, parecia conhecê-lo há anos. Mas antes que o MinSoo fizesse alguma coisa, ele desapareceu e o seu telemóvel começou a tocar. O rapaz tentou acalmar-se, indo ao seu bolso e atendeu.
"Estou?" O MinSoo não reconheceu a voz e não respondeu. "És a Victoria Song? Ou conheces-a?"
A rapariga ao reconhecer a voz pegou no telemóvel do amigo. "SungYeol!" Um sorriso formou-se nos seus lábios.
"Sua tona, eu andava todo preocupado!"
"Desculpa.." Ela limpou o suor da testa. "Eu estou bem."
"De certeza? Queres que vá ter contigo?"
"Não.." Ela sorriu para o MinSoo que também lhe retribuiu o sorriso. "Eu estou bem e estou bem acompanhada."
O silêncio instalou-se por um bom bocado.
"Ainda bem." O rapaz desligou o telemóvel e dirigiu-se a casa. Tanto tempo à procura dela deixou-o completamente exausto. Ele esperava ouvir um obrigado, mas por outro lado, a rapariga estava tão magoada para reflectir. Ele, já em casa, deixou o seu corpo cair sobre o colchão enquanto o cão se deitava sobre os seus pés. Aí, a Victoria olhou para o telemóvel sentindo-se arrependida por não ter dito mais nada.
Moradia Kim, 8:00A manhã chegou rápido, rápido até demais para o KiBum que ainda estava muito sonolento. Teria dormido muito mal devido a pesadelos, dores de cabeça. Ele bem tentava abrir os olhos e despertar, mas não estava a conseguir. Os seus amigos já estavam na mesa a tomar o pequeno-almoço e achavam estranho o KiBum ainda estar na cama, pois ele costumava ser o primeiro a levantar-se. O TaeMin ia levantar-se para ver se se passava alguma coisa, mas a HyoSung levantou-se primeiro e dirigiu-se ao quarto do melhor amigo.
"KiBummie?" Sem resposta, ela sentou-se na cama ao lado dele pondo a sua mão na sua testa."Estás com febre.."
O rapaz abriu um pouco os olhos cada vez mais sonolento. "E se o mundo acabasse hoje..?" A rapariga olhou para ele surpreendida e ao mesmo tempo preocupada. "Iria eu arrepender-me..?" O silêncio voltou de novo mas por pouco tempo. "Arrepender-me de não dizer à rapariga mais importante da minha vida que a amo de verdade?" Ele virou a cabeça algumas vezes na almofada e a sua melhor amiga pôs as suas mãos sobre as bochechas deles enquanto ele suava um pouco. "E.. se não resultasse? Iria eu.. perder a minha melhor amiga?" A HyoSung não conseguiu reflectir as palavras que tinham acabado de sair da boca do seu melhor amigo, pois estava demasiado preocupada com ele. O rapaz mais novo entrou no quarto e olhou para o seu amigo.
"É melhor ele ficar cá e descansar não?"
A rapariga acenou e empurrou a mão do TaeMin quando a sentiu tocar-lhe. "Eu fico."
"Quê? Não devias! Os pais deles chegam hoje!"
"Mas podem chegar tarde." Ela olhou para o seu melhor amigo. "Quando eles chegarem, eu vou.. avisa a professora."
"Mas-" A Hyunah agarrou a mão do amigo e puxou-o para fora do quarto do irmão.
"Deixa-a ficar, é melhor assim até."
Tudo isto passava-se à volta da YooNa, mas ela não se tinha apercebido pois estava a ler a mensagem do Chen repetidamente. Ela estava mesmo curiosa em saber o que quereria ele.
No Campismo, estavam todos a treinar ao ar livre. Estava um dia de sol e estava mesmo muito calor fazendo com que todos eles suassem imenso. A JiHyun, Krystal e Hara treinavam com os olhos meios fechados de sono, a IU sentia-se cansada juntamente com o JongHyun, o DongWoo já mal se mexia, o Kai e o JR ainda se aguentavam mais um pouco enquanto a TaeYeon treinava com a cabeça baixada para não olhar para o rapaz moreno.
"Ai não posso mais.." O JongHyun encostou-se a uma árvore.
"Anda lá caramba!" Quando o seu irmão ia agarrar o braço dele, a Hara interviu.
"Tem calma, está imenso calor e é normal que ele esteja cansado!"
"Faltam três dias, temos de treinar!"
A IU olhou para ele enquanto respirava rapidamente, pois sabia que tudo aquilo era devido à rivalidade que ele tinha com o Kai e bufou. "Também temos de descansar!"
"Deixem-se disso-"
"Nós vamos buscar água." O Kai agarrou a mão da rapariga e puxou-a consigo deixando o JR a olhar para ele chateado e a TaeYeon nem se atreveu a olhar para ele.
"Só mesmo para fugir ao treino!"
"Cala-te!" O DongWoo empurrou-o pelas costas devagar, pois estava exausto.
O Kai e a IU já tinham pegado nos garrafões de água para a sua equipa. O rapaz suava imenso devido ao calor e ao treino longo da manhã e a IU ao reparar pôs água num copo de plástico através do garrafão de água que ele transportava.
"Estás com calor?" Ela meteu o copo à frente dos olhos do Kai.
"Sim, obrigado!" Quando ele ia beber a água, ela atirou a água que estava no copo para a cara dele e começou a rir-se.
O rapaz quando percebeu que aquilo tinha sido uma brincadeira, riu-se. "Eu disse que estava com calor ou com sede? Tenho a certeza que disse que estava com sede!"
"Mentiroso!" Ela riu-se e apertou a bochecha do Kai.
Continuaram a caminhar até que o Kai parou deixando o JR a olhar para ele de trombas. "Ui tens aí uma aranha!"
"Tiraaa!" A IU mexia-se bastante para a aranha sair de cima dela. O rapaz aproximou-se das costas dela e deixou cair água sobre o corpo da IU com o garrafão e começou a correr enquanto se ria ás gargalhadas. "NÃO FUJAAAS!" A rapariga seguiu-o também a correr.
Moradia Bang, 9:15As aulas tinham começado para MinSoo, mas a Victoria estava na sua cama um pouco sonolenta. Ela já não andava na Escola há imenso tempo, já trabalhava num café perto do ginásio onde o Kikwang perdeu a vida. Mas sem notícias, devia ter sido despedida. A rapariga virava-se imenso na cama e não conseguia adormecer de novo. Estava tanta coisa a passar pela sua cabeça. Por um lado, ainda não acreditava que a pessoa que amava tinha morrido por outro lado, tinha a noção disso e queria morrer e vê-lo de novo. Mas ficaria ele feliz se ela morresse? Iria ele ficar orgulhoso ou desapontado com ela? É nestes momentos em que ela queria fechar os olhos por algum tempo, e quando abrisse tudo tivesse voltado ao normal. O problema é que a vida, não é bem assim. A vida é injusta, muito injusta. E para sobrevivermos, temos de tentar juntar justiça a toda a injustiça que a vida transborda. E as hipóteses? Reencarnação? Mesmo assim, ela não se vai lembrar de nada e vai continuar com este sofrimento até morrer. Espíritos? Nunca é a mesma coisa, e é algo que a assusta imenso. Era bom haver fadas ou génios para pedir desejos. Era bom haver máquinas do tempo para mudar o futuro. Era bom, sim era.
Isto passava tudo pela sua cabeça, até que ela ouviu um telemóvel a tocar. Ela inclinou-se na cama e pegou no telemóvel do MinSoo. Ela não fazia ideia de quem era aquele número mas decidiu atender.
"Quem é?"
"Victoria? És tu?"
A rapariga reconheceu a voz rapidamente e ficou em silêncio por um pouco.
"Sim.. SungYeol, eu-"
"Croma, tona, totó! Anda ter à Escola, quero estar contigo!"
"Agora?"
"Sim!"
"Quando é que acabam as tuas aulas..?" Ela deixou a sua cabeça cair na almofada de novo.
"Ás quatro, porquê?"
"Vou aí ter a essa hora."
"Não te esqueças e nem demores. É mesmo importante." O rapaz desligou o telemóvel e a Victoria fechou os olhos de novo, afogando-se numa enorme onda de pensamentos. Que seria assim tão importante?
Perto do SungYeol, estava a YooNa num banco à espera do Chen que lhe tinha enviado uma mensagem para se encontrarem lá. A curiosidade era sufocante. A rapariga mexia as pernas com rapidez enquanto estava sentada até que ouviu um flash e olhou em frente fazendo o rapaz rir-se.
"Demorei muito?" Ele sentou-se ao lado da YooNa.
"Não!" Ela sorriu. "Que querias?"
"Quero te fazer uma sessão fotográfica."
"AH?!" Os olhos dela aumentaram ficando super chocada.
"Não queres?" O rapaz estava a acabar de comer o seu iogurte de morango.
"Eu nunca.. nunca fiz isso."
"Podes tentar!" Ele sorriu.
"Não sei.." Ela encolheu os olhos com receio de se sair mal.
"Olha." O rapaz foi ao bolso da mochila e tirou outro iogurte de morango e ofereceu-o à rapariga. "Estes iogurtes são super bons."
"Mas que tem haver com a sessão fotográfica?" Ela riu um pouco confusa.
"Pensas nisso depois, não te quero pôr pressão em cima! E depois.." Ele sorriu docemente. "Eu venero esses iogurtes e queria que provasses!"
"És um querido!" Ela sorriu e pôs a colher à boca que estava cheia de iogurte de morango fazendo com que caísse um pouco no seu queixo.
"Ahah! Palhacinha!" Ele apontou para o queixo dela a rir-se.
"Yah!" Ela meteu um pouco de iogurte no dedo e pôs-o no nariz do Chen. "Ficas mais giro assim!" Ela riu-se imenso.
O rapaz pôs a língua de fora tentando lamber o iogurte que tinha em si, mas sem sucesso. "Damn, isto é um desperdício, já viste?!" Ele riu-se.
Ainda no outro lado da Escola, a HyuNah e o TaeMin estavam juntos no corredor da sala, perto de uma janela onde o Sol era muito forte. Naquela Escola normalmente não se apanhava rede, e como os dois amigos estavam preocupados com o KiBum ficaram perto da janela com esperanças de apanhar rede e puder receber uma mensagem da HyoSung. Uma hora tinha passado e nada. Estaria ele bem? O telemóvel dos dois perdeu o sinal da rede e começaram mesmo a stressar sem saber o que fazer.
"E irmos lá a casa?!" A HyuNah mexia com o telemóvel tentando apanhar rede.
"E as aulas? A HyoSung está lá.." O rapaz coçou a bochecha. "Mas mesmo assim.. caramba! Estou preocupado!"
"És tu e eu!"
Os dois continuavam a mover o telemóvel e o TaeMin olhou para o chão e viu duas sapatilhas que não lhe eram estranhas. O rapaz levantou a cabeça e viu a HyoSung à sua frente e abraçou-a. A rapariga ficou surpreendida e a HyuNah ficou a olhar para eles com esperanças de ouvir que o seu irmão já estava bem.
"O KIBUM?!" O rapaz mais novo saltava enquanto a abraçava. Era uma das suas maneiras de mostrar que estava desesperado.
"Os pais deles chegaram, calma!" A HyoSung puxou-o um pouco para trás a sorrir. "Ele está melhor! Ele só teve um pouco de febre.."
"Meu deus, tiraste-me um peso de cima!" A irmã do KiBum respirava fundo já com um sorriso nos lábios de alivio.
"Vamos ter o quê?"
"Mandarim.." O TaeMin começou a bufar.
"Oh, eu gosto, vamos lá!" A rapariga sorriu e agarrou a mão dos dois amigos puxando-os consigo e deixou-os surpreendidos. Não estaria ela demasiado animada?
Algures, 10:00O chão estava cheio de cabelos que tinham acabado de ser arrancados. Cabelos loiros, curtos. Tinha algum sangue perto da porta e as paredes ecoavam desespero, medo e tristeza. Só se ouviam alguns murros e empurrões contra a parede. Não se ouvia nem gritos, nem o choro. A rapariga levantou a cabeça, praticamente inconsciente e só via tudo à roda. Ela não queria acreditar que aquilo estava a acontecer, mas por um lado não sentia quase dor nenhuma, parecia estar num mundo à parte. Era tudo muito estranho.
"Isto é.. a vida real?" Ela rodava os olhos sem controlo.
"É melhor que a vida real." Um sorriso se formou nos lábios do Homem que a tinha feito sofrer durante horas.